A morte dos policiais militares integrantes do Batalhão Ambiental e da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar (PM), Manoel Vagner Silva Souza e o cabo Márcio Carlos de Souza, durante uma emboscada ocorrida no início da noite desta segunda-feira, dia 3, na zona rural do município de Nova Olinda do Norte (distante a 135 quilômetros de Manaus), repercutiu nesta terça-feira, 4, na sessão híbrida da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) denunciou que os militares cumpriam uma missão sem planejamento no rio Abacaxis quando foram mortos e que o envio dos policiais à região, dominada por “piratas” e o tráfico de drogas, aconteceu depois que um grupo de empresários ser ameaçado na região.
“Eles estavam em uma missão, sem planejamento. E só aconteceu porque um grupo de empresários, há mais ou menos duas semanas, esteve naquela área e foi ameaçado. E por conta disso, pela amizade quem tem no meio político talvez com o secretário de segurança, foi passada essa missão para esses honrados policiais estarem lá. Foi uma equipe pequena para fazer o levantamento”, denunciou.
Péricles criticou ainda a falha do sistema de segurança no setor de inteligência e acrescentou que aquela área é de alto risco em que ribeirinhos constantemente são ameaçados. Ele, que é da área de segurança, também já foi vítima de um atentado no exercício da profissão.
Rota do tráfico
A vice-presidente da Aleam, deputada Alessandra Campêlo (MDB), também se manifestou durante o pequeno expediente em solidariedade aos dois militares mortos na emboscada e pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
“Ali é uma área que é uma nova rota do tráfico de drogas, assim como há também o grande cometimento de crimes ambientais. A notícia que nós temos é que dois policiais faleceram, dois ficaram feridos, um deles de forma grave e que também bandidos foram alvejados. Temos certeza que a resposta do Estado será a altura desse crime bárbaro. Dois policiais no exercício da sua profissão de defender a população e combater o crime foram alvejados”, concluiu.
O Portal O Poder entrou em contato via e-mail com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para repercutir as acusações de Péricles a respeito do atentado aos policiais militares, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
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