O senador e ex-governador do Amazonas, Eduardo Braga (MDB), criticou, na rede social Twitter, o preço do combustível. De acordo com o parlamentar, o valor impacta a vida de todos, inclusive dos indígenas no Estado.
Eduardo Braga destacou que um índio de Belém do Solimões, em Tabatinga (AM), precisa de 40 litros de gasolina por mês para conseguir se locomover. “Com o litro a R$ 8, ele gasta R$ 320 por mês. O Bolsa Família paga R$ 220 mensalmente. Ou seja, esse indígena tem que arrumar mais R$ 100 para a gasolina”, apontou Braga.
Ainda no Twitter, o senador ressaltou outro ponto fundamental levantado por ele no debate com o presidente da Petrobras e os representantes dos ministérios da Economia e Minas e Energia. “Não dá mais para ter efeito cascata de tributação dos combustíveis e da energia elétrica. Aliás, ter imposto sobre a bandeira vermelha extraordinária é um escândalo no país”, criticou Eduardo Braga na rede social.
O ex-governador do Amazonas enfatizou que o povo brasileiro é o principal acionista da Petrobras, representado pela União. Cabe à União, portanto, tentar estabelecer políticas para a Petrobras também voltadas para o aspecto social.
“É a União que tem que pegar sua parte dos dividendos e, em vez de fazer superávit primário, devolver para o povo”, afirmou o ex-governador.
Alto Solimões
De acordo com Braga, no Alto Solimões, no Amazonas, o litro da gasolina chega a R$ 8, a botija de gás custa R$ 145, e o litro de óleo diesel supera R$ 7.
“O etanol nem chega até lá. Esse é o quadro da situação vivida pelos cidadãos brasileiros. Não há nada que justifique a escalada da tributação sobre o preço dos combustíveis”, acrescenta Braga.
Eduardo ressaltou na rede social, que no debate sobre preços dos combustíveis na Comissão de Assuntos Econômicos, a Petrobras precisa ter uma política de preços que garanta a rentabilidade da empresa, mas, ao mesmo tempo, busque o equilíbrio social.
Alessandra Aline Martins, para O Poder
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Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins