Alegando que estão sofrendo um processo de “desmonte” dos trabalhos e “incompatibilidades insolúveis” com a procuradoria natural do caso, Viviane de Oliveira Martinez, procuradores da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo anunciaram demissão coletiva.
A informação consta em documentos encaminhados a cúpula do Ministério Público Federal (MPF), divulgados na noite desta quarta-feira, 2.
No total, sete membros da força-tarefa da Lava Jato em SP pediram desligamento um dia após o anúncio da saída do procurador Deltan Dallagnol do cargo de chefe da força-tarefa da operação em Curitiba. Ele será substituído por Alessandro José Fernandes de Oliveira, que atualmente faz parte do grupo de trabalho da Lava Jato da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em outro ofício a integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), órgão administrativo máximo da instituição, os procuradores relatam em 13 páginas uma série de dificuldades enfrentadas pela força-tarefa paulista -criada inicialmente em junho de 2017- desde março deste ano, com a assunção de Viviane como procuradora natural do caso.
E no final de um dos documentos, os procuradores lamentam a demissão, mas se colocaram à disposição para discutir um novo formato que permita a continuar as investigações sem os problemas relatados.
Conteúdo: Reuters
Foto: Nilton Fukuda/ AE