Os servidores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) judicializaram junto à Procuradoria Geral de Justiça do Amazonas, nesta quarta-feira, 16, três notícias-crimes pedindo o afastamento imediato e a prisão preventiva do atual presidente do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), Ely Veloso, por fraude na gestão da entidade e violação à democracia sindical. No compasso dessa representação, os servidores pedem a realização de novas eleições, quebra do sigilo fiscal e bancário e bloqueio de contas do presidente.
A decisão dos Fazendários se deu após uma denúncia apresentada pelo “ex-braço direito” de Ely Veloso, Antonio Wagner Segadilha, durante uma Assembleia Geral ocorrida em meados do último mês de fevereiro. A reunião, convocada pelos Conselhos Deliberativo e Fiscal, serviu ainda para receber as renúncias do vice-presidente e do diretor financeiro do SIFAM, e foi marcada por grande revolta dos filiados em relação às tramas de corrupção e esquemas fraudulentos envolvendo a gestão de Ely Veloso que foram expostos por Segadilha. Na ocasião, os servidores dissolveram o grupo que havia sido escolhido por Veloso para gerir as eleições e escolheram por aclamação uma Junta Eleitoral composta por membros ativos para administrar o processo político sucessório.
Após três anos marcados por discursos contraditórios e uma recente prestação de contas cujos valores não apresentam documentos comprobatórios, a gestão de Ely Veloso vai responder pelos gastos indevidos para a compra de um servidor de suporte mainframe, aquisição irregular de um aplicativo para celulares e pelo prática recorrente de salários de servidor, esquema popularmente conhecida como “rachadinha”.
Cercado de contradições, o mandato de Ely Veloso expira em abril, mas alegando risco sanitário por causa da pandemia, mesmo tendo o número de vítimas reduzido no Amazonas, Veloso cancelou o processo eleitoral e estendeu seu mandato por 180 dias.
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