 criticou o governo após decreto que aumenta a redução de IPI em 35% e ameaça a ZFM){kind=link}
O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), criticou o Ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira, 2, por conta dos decretos que tiram a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM). O discurso foi feito ao lado do governador Wilson Lima (UB) durante visita ao canteiro de obras do “Asfalta Manaus”, no bairro Alvorada. As críticas viralizaram nas redes sociais.
“O pior ministro da Economia de todos os tempos se chama Paulo Guedes. Abram os olhos. Temos a maior inflação em muito tempo, o pior índice de desemprego, o ovo é R$ 0,50, o pão é R$ 0,50, a conserva é R$ 15, a gasolina é quase R$ 8, o gás está mais de R$ 110, a energia está cara, e sabe qual o culpado para esse ‘imbecil’ do Paulo Guedes? A Zona Franca, que significa menos de 0,9% do PIB brasileiro”, disparou David Almeida.
O chefe do Executivo Municipal afirmou, sem citar nomes, que os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) querem se eleger para acabar com a ZFM e defender pautas que nada têm a ver com o Estado. Nesse domingo, 1º, a motociata dos apoiadores de Bolsonaro defendeu a liberdade do deputado federal Daniel Silveira, do Rio de Janeiro, mas nada foi citado sobre os ataques à Zona Franca de Manaus.
“Tem gente que quer se eleger com o voto dos amazonenses para acabar com a Zona Franca. Eu vou falar em todos os bairros e ruas que for, vou falar contra essa gente que está querendo levar minha cidade à fome. Não tem conversa, não tem papo, é judiciário”, afirmou.
David Almeida revelou que tem mantido o diálogo com autoridades religiosas sobre as ações do governo Bolsonaro. Tanto o prefeito de Manaus, quanto o presidente Bolsonaro são evangélicos e contam com o apoio de grandes igrejas. Almeida falou que eles tem que agir como o profeta Natan agiu com o rei Davi. Conforme a Bíblia, o profeta era um dos conselheiros do rei, mas falava a verdade ao rei Davi quando este estava certo ou errado
“O verdadeiro amigo fala o que é preciso ouvir, não o que se quer ouvir. Aqui não tem leso. Ele teve 67% dos votos aqui (Manaus), temos que cobrá-lo. Tem gente que fica aplaudindo o fim dos empregos no próprio Estado”, afirmou.
O prefeito de Manaus ainda disse que o governo federal não investiu no asfaltamento da cidade e não está defendendo os empregos no Amazonas.
Priscila Rosas, para O Poder
Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom