O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que as investigações sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas e uma suposta atuação de uma milícia digital devem ser feitas em conjunto.
Segundo Moraes, os inquéritos foram instaurados após “fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”.
“Os elementos de prova colhidos devem ser analisados em conjunto com a investigação principal, cujo objeto é uma organização criminosa complexa”, disse Alexandre.
A decisão de Moraes se baseou em um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República, que afirmou à Corte que seria necessário juntar as duas investigações.
“A juntada seria uma análise conjunta dos elementos de informação colhidos em ambas as investigações para que subsidie da melhor forma e fundamente o juízo de convencimento do titular privativo da ação penal”, afirmou a PGR.
Em fevereiro deste ano, Moraes autorizou que a Polícia Federal usasse provas sobre o vazamento de dados sigilosos pelo presidente Jair Bolsonaro na investigação que apura a atuação de uma milícia digital.
Conteúdo: CNN
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