As eleições para prefeito nas capitais marcam uma separação do maior partido de esquerda do país, o PT. A busca é por recuperar parte do espaço perdido em 2016, quando conseguiu apenas uma vitória em capitais (Rio Branco). Para tanto, o partido vai enfrentar um isolamento imposto por outros dois dos maiores partidos de esquerda, PSB e PDT, unidos para concorrer em muitos locais.
O PT vai disputar isolado em 13 de 20 capitais. Nas outras seis capitais, apoia candidatos de outros partidos. Com o PSB, o partido só se uniu em duas capitais (João Pessoa e Salvador). Já com o PDT, pela primeira vez, não tem aliança em nenhuma dessas cidades.
a ótica dos líderes desses três partidos, as rusgas na esquerda têm por trás uma disputa por espaço que envolve a manutenção de uma cidade polo e um olho em 2022.
A presidente petista Gleisi Hoffmann diz não enxergar um isolamento do partido em 2020 e afirma que o arco fechado de alianças é positivo. “Na maioria das capitais, estamos coligados. Temos 26 estados. Em 14 estamos coligados nas capitais. Em 12 não estamos porque, ou não foi possível, ou era uma estratégia de outros partidos. Não há isolamento, mas conjunturas locais”, diz.
Afirma que houve uma orientação do partido para que os diretórios lançassem candidatos nas maiores cidades. São 142 postulantes a 197 prefeituras onde pode haver segundo turno.
“Houve uma mudança no cenário político [em relação a 2016] e seria importante ter espaços para falar do legado [do PT] e se defender dos ataques. Como não temos mais coligação para chapa de vereadores, essa eleição depende muito do trabalho da candidatura majoritária. Além disso, partidos do nosso arco se deram a opção de sair com muitas candidaturas por conta da cláusula de barreira”, afirma.
“Houve uma mudança no cenário político [em relação a 2016] e seria importante ter espaços para falar do legado [do PT] e se defender dos ataques. Como não temos mais coligação para chapa de vereadores, essa eleição depende muito do trabalho da candidatura majoritária. Além disso, partidos do nosso arco se deram a opção de sair com muitas candidaturas por conta da cláusula de barreira”, afirma.
PSB e PDT têm visão diferente. “Não houve nenhuma decisão, nenhum veto nosso de alianças. O PT se isolou e é hoje o grande responsável por toda a esquerda não estar unida nas grandes cidades”, diz Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.
Siqueira assegura que a candidatura do PT no Recife não foi o motivo do afastamento. “A eleição do Recife não é diferente do que o PT fez no restante do país. Não foi uma decisão por um local, isso não tem fundamento”, diz.
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Da Redação
Fonte e Foto: UOL