De 59.231 empresas em funcionamento na região Norte, na segunda quinzena de agosto, 30,4% perceberam impactos negativos decorrentes da pandemia em suas atividades. Na quinzena anterior, eram 41,9%. Mas, para 37,4%, o impacto foi pequeno ou inexistente; e, para 32,2%, o efeito foi positivo.
Os dados são da última edição da Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid19 nas Empresas, divulgados nessa quinta-feira, 1° pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Os resultados da sexta rodada da Pesquisa Pulso Empresa refletem as percepções das empresas em funcionamento ao final da segunda quinzena de agosto, frente à primeira quinzena. A pesquisa acompanha os principais efeitos da pandemia de Covid-19 sobre as empresas não financeiras e faz parte das Estatísticas Experimentais do IBGE.
Regionalmente, os impactos gerais negativos perdem a predominância ao longo das quinzenas para a maior incidência de efeitos nulos ou positivos. Na segunda quinzena de agosto, o Sul foi o mais impactado negativamente (37,2%), seguido pelo Sudeste (35%). Os efeitos seguiram pequenos ou inexistentes para 37,4% das empresas na região Norte; 37,3% no Sudeste; 42,9% no Sul e 40,7% no Centro-Oeste.
A percepção positiva das empresas do Norte (32,2%), só não foram maiores do que as das empresas do Nordeste (45,0%). A região Sul do país foi a que menos sentiu efeito positivo na segunda quinzena de agosto, somente 20,0% das empresas.
Percepção de redução nas vendas diminui no Norte
A pandemia afetou negativamente as vendas de produtos ou serviços, para 23,4% do total de empresas de serviços da região Norte, na segunda quinzena de agosto, contra 38,3% na primeira quinzena, ou seja, diminuição de 14,9 Ponto Percentual (p.p.) na percepção negativa sobre vendas. Já 44,0% das empresas de serviços perceberam aumento na venda dos produtos ou serviços, nesse período; na quinzena anterior eram 33,5% as empresas que perceberam esse aumento (crescimento de 6,5 p.p.). E, 23,4% das empresas, no entanto, relataram que tiveram diminuição das vendas, contra 38.3% na quinzena anterior.
Registrou-se percepção de aumento de vendas nas regiões Norte (44%), Nordeste (58,6%) e Centro-Oeste (40,5%). No Sul (19,5%) e no Sudeste (28,5%) houve menor incidência de aumento nas vendas.
Para 62,7% das empresas do Norte não houve alteração significativa na capacidade de fabricar produtos ou atender clientes; enquanto 24,0% tiveram dificuldades e 13,0%, facilidade. Na quinzena anterior, 39,1% das empresas haviam percebido dificuldades, ou seja, este número volta a cair, após alta na primeira quinzena de agosto.
Além disso, 55,8% tiveram dificuldades no acesso aos seus fornecedores, 35,8% não perceberam alteração, e 8,0% relataram facilidade. A taxa de empresas que sinalizaram dificuldades na quinzena anterior foi de 43,4%, ou seja, este percentual subiu 9,0 p.p., na quinzena de referência.
Cerca de 40,9% das empresas tiveram dificuldades em realizar pagamentos de rotina na segunda quinzena de agosto, enquanto 50,4% consideraram que não houve alteração significativa nesse item, e 8,7%, que tiveram facilidade. Na primeira quinzena de agosto, 42,1% consideraram que tiveram dificuldades, na região Norte.
Quanto ao pessoal ocupado, desde o início da série, a maior parte das empresas buscou manter os funcionários. Na segunda quinzena de agosto, 81,5% das empresas em funcionamento na região Norte mantiveram o número de colaboradores em relação à quinzena anterior; 10,6% ampliaram o quadro; e 7,9% indicaram redução.
Entre as empresas estimadas que demitiram na região Norte, 74,2% reportaram que diminuíram em até 25% seu pessoal; 20,3% diminuíram entre 26% a 50%; e apenas 2,6% das empresas que demitiram relataram redução superior a 50% do pessoal.
A realização de campanhas de informação e prevenção, e a adoção de medidas extras de higiene seguem como as principais iniciativas para enfrentar a pandemia, sendo adotadas por 95,8% das empresas no Norte. Outras 35,5% alteraram o método de entrega de produtos ou serviços; 29,1% adotaram o trabalho remoto; 21,1% adiaram o pagamento de impostos; e 15,9% anteciparam férias dos funcionários.
As empresas que adiaram pagamentos de impostos com apoio do governo, passou de 41,6% para 60,1% entre a primeira e segunda semana de agosto. Já entre as empresas que adiaram pagamento de impostos sem apoio do governo, o percentual da segunda quinzena foi de 39,9%, contra 58,4% na primeira quinzena.
Da Redação O Poder
Com informações do IBGE
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