Roraima – Apontado como um dos principais responsáveis pela crise sanitária instalada no povo indígena Yanomami, o ex-deputado federal, Jhonatan de Jesus (Republicanos), tomou posse na manhã desta quarta-feira, 15, como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
A solenidade, que foi transmitida ao vivo pelo canal do TCU no youtube, contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ministro do STF Alexandre de Morais, ministro da Fazenda Fernando Haddad, presidente do TCU ministro Bruno Dantas, além de outras autoridades.
Jhonatan assumiu a vaga deixada pela ministra e ex-deputada de Pernambuco Ana Lúcia Arraes de Alencar, que se aposentou no ano passado.
No dia 1° de março, a nomeação para a Corte de Contas foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Sete dias depois, Jhonatan abriu mão do cargo de deputado federal para tomar posse como ministro do Tribunal de Consta.
Nome aprovado
No início de fevereiro deste ano, o deputado federal teve o nome aprovado pela Câmara dos Deputados. Jhonatam, que é filho do senador Mecias de Jesus (Republicanos), recebeu 239 votos favoráveis.
Em seguida, o Senado Federal também aprovou por 72 votos a dois o nome de Jhonatan para o cargo de ministro do TCU, órgão auxiliar do Congresso no controle externo da administração pública.
Crise dos Yanomami
Quando exercia a função de deputado federal, Jhonatan de Jesus teve a atuação parlamentar marcada por se envolver em diversos escândalos. Um dos mais recentes foi o envolvimento dele na nomeação dos últimos três coordenadores do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei-Yanomami).
Junto com o pai, o senador Mecias de Jesus, o deputado teria escolhido os nomes das “pessoas de confiança” para comandar o Distrito Indígena. Durante a gestão deles, há indícios de várias irregularidades.
No início deste ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar desvio milionário de recursos públicos que deveriam ser utilizados em benefícios do povo Yanomami. Nos últimos anos, os indígenas passaram a sofrer com a grave crise de desnutrição e até a falta de medicamentos que teriam sido desviados.
Da redação
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