setembro 22, 2024 11:39

Plínio Valério critica paraquedista que lançou 100 milhões de sementes no Amazonas

Quase um ano depois de ter lançado 100 milhões de sementes em uma área desmatada em Novo Aripuanã (a 228 quilômetros de Manaus), o paraquedista curitibano Luigi Cani foi criticado nesta quarta-feira, 15, pelo senador do Amazonas, Plínio Valério (PSDB) na tribuna do Senado. Mesmo sem apresentar nenhuma opção para evitar o desmatamento na Amazônia, Plínio Valério afirmou que a atitude do paraquedista foi um “teatro”.

“Senhor presidente, estamos prestes a completar um ano de um espetáculo esfuziante elaborado sob medida para ganhar manchete daquele público, que desconhece inteiramente a Amazônia, mas se diz disposto a tudo para salvá-la. E está aqui, na foto, o paraquedista de certo renome que foi contratado para a operação ‘malabarística’ em que jogou 100 milhões de sementes de 27 espécies do bioma local para uma área remota em Novo Aripuanã, no nosso Amazonas. Eu rio disso, mas quero alerta você, brasileiro. Não estou falando do estrangeiro porque eles estão no papel deles e se acham colonizadores”, afirmou.

Na avaliação do senador, seria melhor usar esse recurso e o patrocínio para ajudar quem realmente é o guardião da Amazônia. “O guardião da Amazônia é o caboclo, o índio e o pequeno agricultor. Esse que é o guardião da Amazônia. Está aqui a foto do paraquedista lançando as sementes. Hipocrisia maior eu não conheço”, alfinetou.

Ao ser questionado pela reportagem sobre as críticas ao paraquedista e se os recursos utilizados no ato foram dinheiro público, Plínio Valério afirmou que a atitude do paraquedista foi realizada no ano passado. “Foram empresas particulares que não revelaram os nomes, reuniram para fazer mídia, circo. Com certeza os recursos não foram públicos, é coisa particular e a crítica não foi sobre recursos. A crítica foi por hipocrisia de lançar sementes de árvores na floresta mais preservada do planeta, que é o nosso Amazonas. O que eu critiquei foi esse circo que eles montam e estou preocupado com as novas gerações, que, em 20, 30 anos, quem sabe, não vão fotografar e filmar a nossa floresta e dizer que foi graça ao reflorestamento deles. Então, combatemos esse tipo de hipocrisia e foi nesse sentido que me coloquei na tribuna”, enfatizou.

 

 

Da Redação O Poder

Ilustração: Neto Ribeiro

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