Apesar de uma ofensiva na fiscalização em 2023, a partir do início do governo Lula, o garimpo ilegal tem persistido na Amazônia. O Pará, que tem um alto índice de desmatamento no sudoeste, registrou 29 garimpos, em menos de três meses.
As estruturas foram fechados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) só no sudoeste paraense. Em todo o ano passado, o instituto contabilizou 67 locais desativados na região.
Órgãos federais e estaduais já anunciaram que realizaram um cerco à atividade na região. Há mais de um mês, o governo estadual mantém uma operação permanente contra o garimpo e o desmatamento. Os agentes montaram três bases fixas de fiscalização, em pontos críticos no Estado, o que tem se mostrado ineficaz.
O chefe da unidade local do ICMBio, Bruno Matos, considera esse esforço de repreensão insuficiente. Segundo ele, uma série de fatores impede que o poder público mantenha as áreas protegidas livres do garimpo ilegal.
“Acreditamos que a redução nos ilícitos foi pequena. Quando acaba uma operação, não tem como garantir que aquele garimpo não vai ser reativado. Enquanto atacamos alguns alvos, estão surgindo novos em outros lugares. Então é uma bola de neve, parece que estamos enxugando gelo”, disse Bruno.
Hector M S Silva, Portal O Poder
Ilustração: Neto Ribeiro