novembro 16, 2024 16:54

‘Colaborei com R$ 1 mil, meu dinheiro é limpo’, diz Arthur sobre pix a Bolsonaro

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), admitiu que passou dinheiro para Jair Bolsonaro (PL) para custear os processos que o ex-presidente enfrenta. As postagens foram feitas nas redes sociais nesta quarta-feira, 23. 

Em junho, políticos e ex-membros do governo compartilharam amplamente a chave Pix de Bolsonaro após o ex-gestor ter contas bloqueadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo devido ao não pagamento de multas relacionadas ao não uso de máscaras em várias ocasiões durante a pandemia. Agora, o Ministério Público e a Polícia Federal suspeitam de lavagem de dinheiro e vão investigar as doações. 

“Colaborei com R$ 1.000,00 (hum mil reais) e não precisam lavar o meu dinheiro, porque ele será sempre limpo”, escreveu Arthur Neto admitindo o gesto solidário. 

Esta solidariedade não foi vista de forma igual pelos familiares do engenheiro Flávio Rodrigues, assassinado em 2019 após uma festa na casa de Alejandro Valeiko, enteado de Arthur Neto, que era prefeito à época do crime. O corpo só foi encontrado no dia seguinte, em um terreno próximo ao condomínio onde a festa aconteceu, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus. Pelo contrário, por meio da Justiça, Arthur Neto tentou calar a família e amigos de Flávio, além de usar o nome do engenheiro em sua campanha para o Senado em 2022, numa tentativa de sensibilizar e limpar a sua imagem para conquistar eleitores. A estratégia não deu certo e Arthur foi derrotado nas urnas. 

Pix de Bolsonaro

Diante da suspeita de lavagem de dinheiro, o Ministério Público e a Polícia Federal, vão investigar a origem do valor arrecadado via pix, para custear os processos do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

A intenção da operação é identificar possíveis fraudes no valor arrecadado e o recebimento de presentes oficiais vindos do exterior. As quebras do sigilo bancário e fiscal de Jair e Michele Bolsonaro, tanto no Brasil como no exterior, já foram autorizadas pelo Ministro Alexandre de Moraes na última quinta, 17.

Os CPFs dos doadores serão analisados individualmente, e assim cada transação terá sua veracidade comprovada, justificando assim a origem do dinheiro, o processo será feito por meio do sistema SIMBA – Sistema de Investigação de Movimentações Interbancárias que pertence ao Ministério Público Federal. A defesa de Jair Bolsonaro nega as acusações de fraude e desvio de dinheiro.

 

Da Redação 

Foto: Divulgação

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