Roraima – Após denúncia da professora Carla Domingues, especialista em Segurança Pública, em março deste ano sobre uma série de irregularidades no seletivo de contratação de instrutor e professor civil para ministrar aulas no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar de Roraima (PMRR), o Ministério Público de Roraima (MPRR) investiga o ex-comandante geral da PM, Francisco Xavier, e membros da Diretoria de Ensino Policial aprovados no processo seletivo.
Em entrevista ao O Poder em março deste ano, a professora Carla Domingues, que é uma das concorrentes do certame, afirmou que o ex-comandante geral da PMRR, Francisco Xavier, assim como outros policiais militares, participou diretamente da elaboração do edital e concorreu ao certame passando em primeiro lugar.
“Quem elaborou o certame se inscreveu e foi aprovado em primeiro lugar. O ex-comandante geral Francisco Xavier, assim como membros da Diretoria de Ensino Policial. O edital foi totalmente direcionado”, disse à época.
Com base em documentos, Carla formalizou três denúncias no Ministério Público de Roraima (MPRR) pedindo a apuração do caso e a impugnação do seletivo. Ela argumenta que o processo não segue o rito legal previsto já que fere o Princípio da Isonomia.
A professora afirmava que a irregularidade praticada pelo ex-comandante geral da PMRR, Francisco Xavier, é configurado como improbidade administrativa. “Ele usou a coisa pública para favorecimento pessoal”, explica.
Passados quatro meses o Ministério Público de Roraima (MPRR) publicou, na edição desta quinta-feira, 24, do Diário Oficial do Órgão, a instauração do Procedimento Preparatório para apurar a possível ato de improbidade administrativa atentatório aos
princípios da administração pública (art. 11, V, da Lei nº 8.429/92). São alvos o ex-comandante geral da PM e membros da Diretoria de Ensino Policial.
Retaliação
Após fazer graves denúncias sobre irregularidades no seletivo de contratação de instrutor e professor civil para ministrar aulas no Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar de Roraima (PMRR), a professora Carla Domingues, especialista em Segurança Pública, disse que Francisco Xavier entrou com um processo na Justiça pedindo indenização de R$ 20 mil.
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