O deputado estadual Sinésio Campos, do PT, bem que tentou aprovar uma moção de repúdio contra as declarações dadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na noite de terça-feira, 24, durante seu pronunciamento à Nação, sem sucesso.
Ao contrário, sua iniciativa foi alvo de críticas por parte dos deputados bolsonaristas durante sessão virtual da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), nesta quinta-feira, 26, que rejeitaram a moção.
E a defesa partiu do presidente da Aleam, deputado Josué Neto (sem partido), que justificou que existe um “complô político” para usar a queda da economia no período da pandemia para desestabilizar o governo federal. Ele disse que já está vendo o PSDB se juntar com o PT para derrubar Bolsonaro.
“A partir do momento que ataca a economia brasileira, que é o que está acontecendo nesse momento, vai atacar diretamente a popularidade do presidente. Está sendo construído de forma que ninguém está vendo um complô nacional para fazer que o presidente Bolsonaro perca a sua popularidade. Estão alimentando essa loucura de pandemia, deixando todo mundo louco sem sair de casa que atinge diretamente a economia brasileira”, disse Neto.
Josué se retratou, em seguida, afirmando que não é para todo mundo sair de casa, mas para ter cautela porque somente num espaço de tempo de 15 dias é que se vai entender que se fez a coisa correta e o país vai voltar a andar.
Para Felipe Souza (PV), a iniciativa de Sinésio é “politicagem” num momento de crise causado pelo Covid-19. “Jamais concordarei com uma moção dessa. Eu sou a favor do Brasil, do povo, dos trabalhadores dos necessitados, isso é politicagem e eu não concordo”, alfinetou Souza.
A maioria dos deputados saíram em defesa de Bolsonaro e votaram contra a moção alegando que o momento não é de se fazer política e, que, apesar de discordarem da postura do presidente, não aprovaram o requerimento de Sinésio.
O deputado Dr. Gomes (PSC) afirmou que nesse momento o Amazonas não pode provocar o presidente Jair Bolsonaro se referindo a questão dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.
“Não podemos confundir pandemia com pandemônio. Quero fazer um apelo aqui ao Sinésio ao bom senso do deputado que nesse momento de pacificação nós não podemos provocar o presidente da República. Estamos com questões problemáticas que é dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus. Não podemos apagar incêndio com gasolina”, disse.
Ao final da discussão, Sinésio foi voto vencido com a maioria dos deputados presentes rejeitando a moção de repúdio ao presidente Bolsonaro.
Augusto Costa, para O Poder
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