Estagnou no aeroporto de Miami (EUA), uma carga de 600 respiradores artificiais após a China cancelar o contrato de compra. Os materiais foram adquiridos por estados do Nordeste, através de um contrato de R$ 42 milhões.
De acordo com o secretário da Casa Civil da Bahia, Bruno Dauster, a empresa fornecedora que cancelou a aquisição, não teve o nome divulgado, mas alegou que o motivo para a desistência foi devido a “razões técnicas’’, sem entrar em mais detalhes.
Agora, a busca é de um novo fornecedor. Ainda existem especulações de que os respiradores sejam adquiridos pelos EUA, que atualmente enfrenta uma crise em meio a pandemia de coronavírus.
Apesar das críticas do presidente Donald Trump à China, com a pandemia que assola o mundo, abaixou a guarda e busca através do país asiático, encontrar formas de possuir equipamentos e doações para auxiliar no combate à doença.
Em uma coletiva de duas horas realizada na última terça-feira, 31, Trump manifestou preocupação ao informar que entre 100 mil e 240 mil pessoas morreriam nos próximos meses, com as medidas de distanciamento definidas no país, caso não houvesse o cumprimento da mesma, os números de óbitos aumentariam para 2,2 milhões.
No entanto, problemas como o que aconteceu com a Bahia tendem a se repetir devido a alta demanda de outros países em buscar refúgio com as produções asiáticas.
Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, a solução para desafogar a China em meio à pandemia, seria buscar empresas chinesas que atual no Brasil, sendo realizado antecipadamente os pagamentos e recebendo a carga no país, como uma forma de ‘ponte’.
Empresas chinesas que atuam no país como a CCCC (China Communications Construcion Company), designada para infraestrutura, e a State Grid, do setor elétrico são chamadas para realizar as intermediações e obter doações.
Conteúdo: Folha de S. Paulo.
Foto: Arnd Wiegmann/ Reuters.