Na tarde desta quinta-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu Luiz Henrique Mandetta do cargo de ministro da Saúde. O anúncio foi feito pelo ex-ministro em sua rede social.
Agora, quem assume a pasta é o oncologista e empresário Nelson Teich. A apresentação do novo ministro foi feita em um pronunciamento ainda nesta quinta no Palácio do Planalto.
Teich é formado na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), com especialização em oncologia pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva), tem MBA em Gestão de Saúde pela Coppe e mestrado em Economia na Universidade de Nova York. É fundador do Centro de Oncologia Integrado.
Além disso, o empresário atuou como um dos consultores da campanha eleitoral de Bolsonaro para a área de saúde.
O ato oficial da exoneração de Mandetta já foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
Exoneração
Em seu discurso, Bolsonaro comparou a demissão de Mandetta como um “divórcio consensual” e que não condena, nem critica e nem recrimina a atuação do ex-ministro.
“Ele fez aquilo, que como médico, achava que devia fazer. Ao longo desse tempo, a separação cada vez se tornava uma realidade, mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até o momento fosse perdido”, disse.
Bolsonaro agradeceu Mandetta pela sua atuação durante o comando da pasta e também citou Nelson por ter aceitado o convite, afirmando que terá um “enorme desafio pela frente”.
Alinhados
Bolsonaro afirmou que após uma conversa com o oncologista foi definido totalmente o seu entendimento da situação em que o Brasil vive como um todo, “sem apontar a manutenção da vida, sem esquecer que tínhamos outros problemas ao lado disso, que é o desemprego.”
Em suas propostas de ações para tomar sob o comando da pasta, Nelson defendeu as medidas do isolamento social, o uso de projeções matemáticas para o enfrentamento da pandemia e testes em massa.
“Vivemos um isolamento com um volume gigantesco de informações, temos que fazer um programa de testes para dominar a doença e assim definir políticas e ações para que possamos encontrar a solução” declarou o novo ministro sem entrar em muitos detalhes.
Auxílio Emergencial
Além disso, sobre o benefício destinado as famílias brasileiras garantirem uma renda básica durante a pandemia do novo coronavírus, o presidente declarou que não durará por muito tempo.
De acordo com ele, o governo federal não manterá por muito tempo o auxílio emergencial “ou outras ações” por ter gastado “aproximadamente R$ 600 bilhões e com a possibilidade de chegar a R$ 1 trilhão”.
Da Redação O Poder
Foto: Reprodução