O Brasil ocupa a posição 107 da lista de 180 Estados, apresentando uma queda pelo segundo ano consecutivo, do ranking de liberdade de imprensa divulgado anualmente pela organização Repórteres sem Fronteiras.
Agora, o país fica atrás da Angola (106), Montenegro (105) e Moçambique (104).
O país caiu duas colocações em relação ao levantamento anterior. No ano passado, o Brasil havia caído três lugares em decorrência do clima “anti-imprensa” estabelecido nas eleições presenciais de 2018 e ao assassinato de quatro jornalistas.
A lista foi publicada nesta terça-feira, 21, e sem entrar em detalhes, o relatório citou a importância do trabalho dos jornalistas no país, que são constantemente alvos de ataques
“Os jornalistas brasileiros, e sobretudo as mulheres, estão cada vez mais vulneráveis e são regularmente atacados por grupos promotores de ódio e por apoiadores do presidente, em particular nas redes sociais”, informou.
O ranking se tornou uma referência para a diplomacia e por organizações internacionais como a ONU e o Banco Mundial, promovendo a liberdade de imprensa e o direito da população à informação.
Posições
Também pelo segundo ano seguido, Noruega (1) e Finlândia (2) estão nas primeiras colocações, seguidas pela Dinamarca (3), Suécia (4).
O pior país para o jornalista é a Coreia do Sul (180), que ficou no lugar do Turcomenistão (179), onde o ditador proibiu o uso da palavra coronavírus.
A pandemia foi um dos motivos para que países tomassem medidas bruscas em relação aos profissionais da imprensa, de acordo com o levantamento. A China (177) e o Irã (173) adotaram um massivo sistema de censura.
Inclusive no Iraque (162), a agência Reuters teve a licença suspensa após veicular uma notícia questionando os números de doentes divulgados pelo governo.
Saindo da lista de “problemática” e entrando para a “satisfatória” os Estados Unidos (45) subiram três posições em comparação ao ano passado, mesmo com Trumo atacando jornalistas em entrevistas coletivas sobre o covid-19.
A lista pode ser acessada através do site do Repórteres Sem Fronteiras.
Conteúdo: Folha de São Paulo
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