Após o pronunciamento de Sérgio Moro anunciando a sua saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o prefeito de Manaus Arthur Neto, se manifestou sobre o caso lamentando a decisão que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tomou em “desmontar” o seu governo.
A declaração foi feita através das suas redes sociais. Na ocasião, Arthur Neto questiona o erro que Bolsonaro cometeu ao deixar Moro renunciar o cargo. “Sai Mandetta, sai Moro, saíria Guedes? É o desmonte do Brasil?”.
De acordo com o prefeito, Moro possuía um papel importante no atual governo, reforçando o seu compromisso e reconhecendo o trabalho do ex-juiz no combate à corrupção, se tornando um símbolo no país.
“Agora veio a notícia de sua saída, pouco depois da saída do ministro da Saúde. O que o presidente está fazendo? Só fica quem é obediente? É a política da obediência que está sendo trabalhada? O presidente errou e perdeu a sua última carta efetiva de realizações, que era o ministro Moro”, avaliou o prefeito de Manaus.
Impeachment
Ao abordar sobre o possível impeachment de Bolsonaro, Arthur reforçou que não é necessário virar “uma tradição” no país em remover um presidente durante o seu mandato, destacando que o momento atual, é preciso trabalhar em prol da saúde diante da pandemia do novo coronavírus.
“O Brasil está em situação de calamidade pública, decretada pelo presidente, e durante essa situação não é para ficar demitindo seus melhores ministros, é para ter pulso de administrar sua equipe. Estamos combatendo um inimigo invisível e é momento de mostrar união e liderança, não de desmontar o governo”, disse.
Ao desejar sorte para o presidente em diante da crise em que o Brasil se encontra no momento, Arthur cita que o país é “maior que tudo” e que vai se reerguer novamente.
“O Brasil é maior que o presidente Bolsonaro, é maior que eu, maior que o Moro, é maior que tudo. O Brasil resiste a tudo e um dia vai atingir seu grande destino”, finalizou.
Até o fechamento dessa matéria, o governador do Estado do Amazonas Wilson Lima (PSC) não se pronunciou sobre a demissão do ex-ministro Sérgio Moro.
Da Redação O Poder
Foto: Alex Pazuello /Semcom