dezembro 26, 2024 19:24

‘Sumido’ há 16 dias, vice-governador se cala diante da crise sanitária e política do AM

Desde o dia 14 deste mês, quando comandou uma transmissão ao vivo nas redes sociais do governo para anunciar o chamamento dos aprovados no concurso dos Bombeiros de 2009, que irão reforçar a equipe de profissionais de saúde no combate à Covid-19, que o vice-governador Carlos Almeida Filho (PTB), ‘desapareceu’ da agenda pública.

A ausência de Almeida tem sido sentida, por exemplo, na defesa do governo frente à pressão que vem sofrendo neste mês por conta da explosão dos casos do novo coronavírus no Estado, o aumento de mortes decorrentes da doença, o colapso na saúde, o caos interno nas unidades hospitalares por conta do esgotamento da capacidade técnica de atender a todos os pacientes que procuram a rede hospitalar e, também a assistência com insumos e equipamentos de proteção aos profissionais de saúde, além das cobranças pelos salários atrasados.

Aliado a este cenário negativo – pauta diária do noticiário nacional – o governo ainda atravessa uma crise político-institucional, que tem como principal algoz o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), que já não faz mais segredo de sua intolerância com o governo: tanto que nesta quinta-feira, 30, resolveu admitir um dos três processos de impeachment que tramita na casa legislativa contra o governador Wilson Lima (PSC) e o próprio vice, Carlos Almeida Filho.

Há duas semanas, pelo menos aparentemente, que o vice-governador e chefe da Casa Civil mergulhou num “mutismo”, quebrado, invariavelmente, com uns posts motivacionais, em suas redes sociais, sobre ações que o governo têm implementado no setor de saúde, face a pandemia da Covid-19.

O Poder procurou Carlos Almeida na manhã de hoje para saber como ele avalia o avanço do novo coronavírus no Amazonas, que ultrapassou a barreira dos 5 mil infectados nesta quinta e 425 mortes, e o impacto na gestão estadual repercutindo numa crise política; perguntou também se ele comentaria os pedidos de impeachment que estão na Assembleia Legislativa e como tem sido a participação dele no Comitê de Enfrentamento à Covid-19, instalado pelo governo. Mas o vice-governador não respondeu a nenhum dos questionamentos enviados por meio de mensagem em aplicativo de conversa para seu número de celular.

 

 

 

Valéria Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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