Durante visita ao Hospital de Retaguarda Nilton Lins na manhã desta segunda-feira, 4, o ministro da Saúde Nelson Teich disse que os recursos para o enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19) são escassos e não poderá mandar para o Amazonas mais do que consegue botar para rodar rapidamente o sistema de enfrentamento da doença, senão tira de outras partes do país.
O ministro disse, ainda, que o mais importante de tudo é o que consiga botar para operar agora. “Como a gente tem recursos escassos, temos que entender o que consigo utilizar no espaço curto de tempo. Eu preciso de tudo funcionando ao mesmo tempo para poder cuidar das pessoas. Então, eu tenho que ter o respirador, eu tenho que ter as pessoas, tenho que ter outros detalhes de operação”, ressaltou.
Teich acenou ainda que o Hospital da Nilton Lins poderá ser ampliado com apoio do governo federal. Ele visitou o local acompanhado do governador Wilson Lima (PSC) e avaliou que, antes de planejar um hospital de campanha, o Ministério da Saúde (MS) poderá ampliar a capacidade de atendimento na unidade.
“Antes da gente pensar em um hospital de campanha, tem que pensar em como otimizar o funcionamento daqui. O hospital é amplo, com espaço para crescer”, disse o ministro ao sair da unidade. Para isso, Nelson Teich disse que o MS vai ajudar na ampliação da capacidade, tanto em relação a equipamentos quanto a recursos humanos.
Aumento gradual
O governador disse que o Hospital de Combate ao Covid-19 tem sua capacidade sendo ampliada gradativamente, à medida que o Estado recebe equipamentos e recursos humanos. Atualmente, há 70 pacientes internados na unidade.
Alvo
O aluguel do hospital na Nilton Lins já foi alvo de recomendações por parte do Ministério Público (MP-AM), que durante inspeção apuraou a falta de equipamentos e capacidade técnica para operar como hospital de campanha.
Henderson Martins, para O Poder
Foto: Diego Peres/Secom