Comemorado no próximo domingo, o Dia das Mães, uma das datas mais importantes do calendário social dos mexicanos, coincide neste ano com o que autoridades de saúde calcularam como o pico da disseminação do novo coronavírus.
As autoridades do México intensificaram a divulgação das medidas de distanciamento social antes do domingo, fechando o principal mercado de flores da capital e cemitérios onde as pessoas se reúnem, e até cogitaram transferir o feriado para julho.
“Não a exponha, cuide dela e não vá visitar”, tuitou a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, com uma hashtag que propõe comemorar a ocasião em 10 de julho. O governo municipal anunciou um festival virtual de 12 horas de duração no domingo.
O Dia das Mães, uma tradição iniciada em 1922, marca um pico de frequência nos restaurantes, e também de tráfego de mexicanos que vão visitar mães e avós.
Jaime Zamora, que trabalha em um banco e mora no vasto Estado do México com a mãe, disse que, ao contrário de anos anteriores, não receberá a família da irmã. “Ficaremos em casa, conversaremos por telefone”, explicou.
Zamora contou que sua tia também ficará em casa, já que um infarto recente a colocou em um grupo de risco mais alto.
A Confederação de Câmaras Nacionais de Comércio, Serviços e Turismo previu que o setor de comércio e serviços pode perder cerca de 1,50 bilhão de dólares de rendimento, uma queda de 80% em relação ao ano passado.
Na quinta-feira, o Ministério da Saúde mexicano relatou 1.982 casos novos confirmados de infecções de coronavírus e 257 fatalidades adicionais, o dia mais letal desde que a pandemia atingiu o segundo maior país da América Latina.
Estas cifras elevam o total de casos confirmados a 29.616 e as mortes a 2.961, mas o governo disse que o número real de infecções é consideravelmente maior do que o de casos confirmados.
Conteúdo e Foto: Agência Brasil