Nesta terça-feira, 26, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou para a Procuradoria-Geral da República (PGR), uma notícia-crime apresentada pelo PT que acusa a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) de advocacia administrativa e tráfico de influência.
Segundo o partido, a deputada cometeu os dois crimes ao tentar convencer o ex-juiz Sergio Moro a aceitar a troca da direção da PF, comandada por Maurício Valeixo, por Alexandre Ramagem em troca da indicação do ex-ministro à cadeira de Celso de Mello no Supremo.
O ministro afirma que cabe à PGR analisar, e se for preciso, denunciar detentores de foro privilegiado se constatar indícios dos crimes relatados.
“A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na “notitia criminis”, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados, quaisquer que possam ser as pessoas alegadamente envolvidas, ainda que se trate de alguém investido de autoridade na hierarquia da República, independentemente do Poder (Legislativo, Executivo ou Judiciário) a que tal agente se ache vinculado”, escreveu o ministro no despacho.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados