Ao realizarem uma inspeção no Hospital de Retaguarda Nilton Lins, adaptado para atender pacientes com a Covid-19, os deputados estaduais membros da CPI da Saúde criticaram a falta de informações e de documentos sobre contratos e pagamentos de empresas terceirizadas e, prometem acionar o Ministério Público do Estado (MP-AM) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para intervir na questão. A visita aconteceu na tarde desta sexta-feira, 29.
Mas, em resposta aos parlamentares, a maioria da oposição, o governo explicou que estes documentos solicitados pelo colegiados, têm que ser solicitados, por meio de ofício, à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), responsável por todos os processos de contratação da unidade hospitalar.
Os deputados delegado Péricles (PSL), Fausto Júnior (PRTB), Wilker Barreto (Podemos) e Dr. Gomes (PSC), se reuniram com a direção do hospital e o secretário Executivo Adjunto da Capital, da Susam, Thales Schincariol.
Wilker Barreto e Péricles criticaram a falta de informações e o modo com tem sido gerido o hospital e cobraram mais transparência.
Mas, conforme Schincariol, o hospital forneceu os dados de leitos, funcionários e serviços emergenciais que a unidade vem desenvolvendo de “forma pioneira”. “Esse hospital foi montado em regime de guerra, a gente tinha um inimigo invisível, que estava afligindo toda população do Amazonas e o Estado precisava dar uma ordem para a execução de um projeto de grande porte, para tentar salvar o máximo de pessoas. Em quarenta dias a gente levantou um sistema de organização do Estado, padrão diferenciado, uma estrutura de um hospital de grande porte. As interpelações dos deputados com relação aos contratos são válidas e vamos responder no processo”, disse.
Ainda conforme o secretário, os relatórios e informações técnicas solicitadas pelos membros da CPI serão entregues na data estipulada pelos parlamentares. “Os deputados podem vir, sim, não interessa a orientação política dele. Em 15 dias, eles têm que ter esses documentos, isso vai ser entregue. Semana passada fomos auditados pelo Ministério da Saúde. Eles avaliaram todos os processos assistenciais, avaliaram cada centímetro desse hospital e viram que a execução do projeto de assistência está perfeita dentro dos padrões que eles consideram”, afirmou Schincariol.
Estrutura
Durante a reunião, o secretário e diretores informaram aos parlamentares sobre o funcionamento da unidade, que dispõe de 220 leitos clínicos e 40 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O hospital está funcionado desde o dia 18 de abril e em 40 dias já passou por auditorias, incluindo a do Ministério da Saúde, fiscalizações e controle de qualidade. “O Ministério da Saúde comprovou a excelência no atendimento e os processos assistenciais foram aprovados, fornecendo assim auxílio do governo federal ao Hospital de Combate a Covid-19”, disse Thales.
Funcionamento
Para o deputado governista e membro da CPI, o Hospital Nilton Lins está “cumprindo o papel para qual foi criado, que é salvar vidas”. Na sua visão, a unidade hospitalar é uma das melhores do país no quesito Hospital de Campanha.
Sobre os documentos solicitados pela CPI, Gomes sugeriu aos colegas da comissão que busquem por meio de ofício à Susam. “Mesmo que tivesse aqui esses documentos, era ilegal a direção do hospital passar nas minhas mãos ou nas mãos de qualquer membro da CPI, que não fossem formalizados através de um documento ”, explicou.
Essa foi a primeira ação prática da CPI da Saúde, reinstalada esta semana após sucessivas confusões e intervenção judicial.
Da Redação O Poder
Com informações da Secom
Foto: Secom