Na última quinta-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que planeja vetar a prorrogação do auxílio emergencial se o Congresso fixar o valor atual de R$ 600. O benefício é destinado para trabalhadores informais, desempregados e famílias afetadas pela pandemia do novo coronavírus.
O anúncio foi dado durante transmissão ao vivo no Facebook.
“Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas (parcelas) de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto’’, declarou Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com o presidente, o pagamento extra do valor de R$ 600 resultaria em um impacto adicional de R$ 100 bilhões nas contas públicas, segundo ele, isso dificultaria na gestão da dívida pública e da taxa básica de juros da economia (Selic).
“Se nós não tivermos cuidado, a Selic pode subir, volta a ser o paraíso dos rentistas, o Brasil, o que a gente chama de agiotagem legalizada. A juros sobe, e cada vez mais o que nós produzirmos de riqueza vai pra pagar juros da dívida. Ou seja, e a desgraça vem aí. Se o Brasil quebrar, pessoal, não tem pra ninguém. Não tem pra ninguém”, justificou.
O Ministério da Economia informou, na última semana, que propõe pagar duas parcelas adicionais no valor de R$ 300 cada. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende o valor de R$ 600 mensais.
Conteúdo: G1
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