Membro titular da CPI da Saúde, o deputado Dr. Gomes (PSC) ameaçou renunciar a sua vaga na comissão nesta sexta-feira, 26, após o colegiado ter rejeitado, por três votos a um, requerimento de sua autoria que solicitava da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), cópia do atestado e do parecer da junta médica do exame psiquiátrico do coordenador da Gerência de Projeto da Susam, Caio Henrique Faustino da Silva. A discussão começou momentos antes do depoimento do ex-secretário da Susam, o advogado João Paulo Marques, que está depondo neste momento.
Depois que teve o seu requerimento rejeitado, Gomes afirmou que está avaliando a sua permanência na CPI. Em sua justificativa o deputado afirma que o depoente Caio Henrique que foi ouvido na comissão no último dia 16, alegou “está debaixo da cobertura legal de um atestado médico psiquiátrico” e que acredita que o servidor público estava doente quando depôs na comissão.
“Eu acredito na veracidade que o senhor Caio estava doente, com uma doença psiquiátrica que o impedia legalmente de dar esse depoimento. Por isso que eu quero dar a minha contribuição para o estado de saúde do senhor Caio”, afirmou.
Gomes é o único deputado da base do governo na comissão e por isso vem sendo derrotado constantemente na votação dos requerimentos que tem apresentado. “Quero uma cópia do atestado médico do senhor Caio para que eu me ache no direito de fazer o meu juízo de valor. Do contrário, rejeitado esse requerimento, não tenho mais a fazer nessa CPI. Avaliarei o meu pedido de renúncia nessa CPI. Vou avaliar. O que eu faço aqui? Em uma CPI composta de cinco membros, quatro são de oposição”, questionou.
No momento da discussão, o presidente do colegiado, deputado delegado Péricles (PSL), interrompeu Gomes e informou que ele já havia falado por 12 minutos. Mesmo assim, Gomes insistiu que estava avaliando se ainda vai continuar como membro da comissão.
“Estou decidindo se vou renunciar a minha permanência ou não. Isso aqui é um massacre. Quatro votando contra um simples requerimento de um atestado médico e eu não tenho direito”, concluiu.
Augusto Costa, para o Poder
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