Durante entrevista coletiva por meio de videoconferência, na tarde desta quinta-feira, 2, o novo superintendente da Suframa, Algacir Polsin, disse que tem a intenção de investir na diversificação da indústria sem descuidar do modelo atual. Na coletiva ele comentou, ainda, sobre a importância da bioindústria no Estado.
Conforme o novo superintendente, o Amazonas tem um polo industrial muito forte, que deve ser mantido, mas buscando diversificar cada vez mais, com a procura de produtos novos e atrair novos segmentos da indústria, bem como, avançar no setor comercial, de serviços e do agronegócio, visando fortalecer a Zona Franca de Manaus e as áreas de livre comércio.
“Vale-se destacar, também, a importância da bioindústria, essa área que devemos buscar avançar cada vez mais”, ressaltou Algacir Polsin.
Sobre as obras de revitalização do sistema viário do Distrito Industrial de Manaus, o superintendente explicou que existia uma previsão de termino no dia 15 de abril deste ano, mas, algumas dificuldades de apresentações de informações técnicas por parte da Prefeitura de Manaus à Suframa, além das implicações decorrentes da pandemia da Covid-19 (coronavírus), tem retardado a retomada dos trabalhos.
Algacir Polsin ressaltou que a Suframa vem realizando reuniões com o órgão responsável da prefeitura pelas obras, orientando para corrigir as impropriedades técnicas, visando garantir a correta execução das obras, realizar a entrega satisfatório à sociedade e garantir a todos um bem comum válido ao Polo Industrial.
Em relação a bancada federal do Amazonas no Congresso Nacional, Algacir Polsin disse que considera que todos devem trabalhar de forma integrada, tanto os setores da indústria, como da política e comercial, de tal maneira que essa integração possa consagrar melhores resultados.
“Não tenho dúvida de que a intenção é ter o melhor relacionamento possível com a nossa bancada federal, tão logo meu nome foi indicado para vir para a Suframa, recebi telefonemas recebendo o apoio de praticamente todos os integrantes da nossa bancada federal, do governador no Estado do Amazonas e pretendo trabalhar de forma coesa, para que consigamos atingir melhores resultados para nossa Região”, destacou o superintendente.
Desburocratizar
O superintendente comentou ainda sobre os artifícios que poderão ser usados para desburocratizar o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), com a integração de esforços e cooperação entre todos ou atores envolvidos.
“Integração e apoio entre a Suframa e o Ministério da Economia, entre o Conselho da Amazônia, com empresários locais, com a bancada parlamentar e toda a força viva da nossa sociedade que possa colaborar para que possamos achar as melhores soluções para o CBA”, destacou.
De acordo com Polsin, a interlocução com o governo federal é essencial para que os projetos de interesses voltados à Zona Franca de Manaus possam ser implementados. “A segurança jurídica, por garantia, dá a Zona Franca o diferencial competitivo necessário para implantação de empreendimentos industriais, sem contar no compromisso do Governo Federal, em garantir as bases para garantir a manutenção do desenvolvimento da região por meio da ZFM”, disse.
Ao ser perguntado sobre possíveis críticas, Algacir Polsin ressaltou que o relacionamento com todos os setores da sociedade, inclusive, o político, tem sido altamente produtivo e não tem observado nenhum tipo de restrição ou dificuldade.
Lei de informática
O superintendente destacou que não existe nenhum contingenciamento dos recursos oriundos da Lei de Informática. “Até pelo fato de esse recurso ser fruto de um percentual de investimento de projetos das empresas para os diversos setores da nossa sociais por meio de Pesquisa e Desenvolvimento (P&DI), então, não vejo nenhuma restrição, vejo que eles estão sendo bem utilizados e colaboram e muito para e desenvolvimento da nossa Região e para as pesquisas na linha de ensino”, destacou.
Trabalho
O superintendente ressaltou que a Suframa vai promover um trabalho sério e integrado, com sinergia com demais Estados da Amazônia Ocidental e o Amapá parra buscar melhores condições para o desenvolvimento regional.
“Além disso, não quero me limitar a enfatizar os bens tangíveis, decorrentes do modelo Zona Franca de Manaus, mas, também, os intangíveis, como os empregos indiretos, os projetos e todas as atividades de apoio social. Acho que nós temos muito a mostrar da importância do modelo Zona Franca de Manaus e dos resultados tangíveis e intangíveis para a nossa sociedade”, ressaltou.
Henderson Martins, para O Poder
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