Uma ligação feita há duas semanas de Jair Bolsonaro ao cacique do PSL, Luciano Bivar, representou a tentativa mais explícita de reaproximação de Jair Bolsonaro com o antigo partido, depois do ruidoso rompimento acontecido no ano passado. O contato foi revelado pelos jornalistas Paulo Cappelli e Naira Trindade, no jornal O Globo, e causou revolta em vários pesselistas, entre eles o senador Major Olímpio, que hoje foi ao Twitter deixar claro o que sentiu ao saber da negociação: “Me deu vontade de vomitar!”.
O presidente do PSL de São Paulo, deputado Júnior Bozzella, garante que não haverá reaproximação com Bolsonaro. Com exclusividade, ele encaminhou à coluna uma nota em que rejeita esse reatamento e explica os motivos.
“O PSL escolheu defender o Brasil e não garantir a si mesmo”, diz Bozzella no texto, que destaca o preço que a legenda pagou por isso. Diz que os integrantes do partido foram injustamente acusados, caluniados, agredidos. “O Governo se vendeu. Trocou tudo aquilo que sempre disse defender e acreditar para garantir a sua sobrevivência”, acusa.
A nota do deputado diz que agora “surge um Jair Bolsonaro arrependido”, buscando reaproximação para engrossar sua base no Congresso e conter os que são contrários a “seus atos pouco republicanos”.
“Você está arrependido, Jair Bolsonaro? Mas nós não!”, escreve Bozzella. “Asseguro que nós, do PSL São Paulo, somos absolutamente contrários a qualquer negociação que envolva toma lá, da cá. Lutamos contra isso, fomos acusados de traidores porque não compactuávamos com isso, e agora nossa postura não será diferente. Muito obrigado, presidente, mas nós não estamos à venda, por gentileza, guarde os seus cargos para o Centrão e os seus amigos de estimação”.
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