Na última quinta-feira, 23, durante uma transmissão em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não é preciso ter pavor em relação ao novo coronavírus, no dia em que o Brasil ultrapassou 84 mil óbitos pela Covid-19 e registrou quase 60 mil novos casos da doença.
Bolsonaro informou que está se sentindo bem, e que se sente “praticamente preso” numa sala no Palácio da Alvorada e ainda criticou o isolamento social aplicado por Estados e municípios para evitar a disseminação da doença, o Brasil vai se tornar um “país de miseráveis”.
“Estou muito bem… Não precisa ter pavor no tocante ao vírus”, disse.
“Estou vendo já, assisto televisão o dia todo, está sempre ligado, acompanho aqui um pouco da nossa imprensa e estou vendo autoridades de dentro e de fora do Brasil dizendo que esta pandemia veio para ficar. Mas o povo tem que trabalhar, meu Deus do céu! As consequências de não trabalhar vão ser muito piores do que aquela proporcionada pelo próprio vírus”, acrescentou.
Vale ressaltar que o presidente é um dos grandes críticos da política de distanciamento social, algo defendido por especialistas como uma das formas mais eficazes de combater o avanço da covid-19.
Bolsonaro firmou que as eleições municipais devem ser questionadas aos candidatos a prefeito e a vereador sobre o que deve ser feito em relação a “política restritiva” e planejam manter “a mesma linha” adotada pelos atuais governantes e legisladores.
“O Brasil tem problemas, tenho que estar preocupado com o desemprego que criaram, com essa política de todo mundo em casa, terror, pavor, ‘vou prender’, destruíram empregos no Brasil”, declarou anunciando que não vai se envolver nas eleições municipais.
Sobre o auxílio emergencial, o presidente afirmou que o governo federal está fazendo a sua parte, no entanto, se continuar com a medida restritiva, o Brasil será um “país de miseráveis’’.
Conteúdo: Reuters
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