outubro 17, 2024 23:12

‘Comissão do Impeachment tem que seguir o rito constitucional’, defende Alessandra Campêlo

Presidente da Comissão Especial que analisa o impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e do vice, Carlos Almeida Filho (PTB), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), a deputada Alessandra Campêlo (MDB) saiu em defesa do mandatário do nesta terça-feira, 28, e dos demais membros da comissão, dizendo que tem que ser seguido o rito constitucional.

Alessandra afirmou que existem deputados que estão se utilizando do processo de impedimento governador e do vice visando se beneficiar nas eleições municipais.

“Queria aqui primeiro fazer um esclarecimento à população. Desde ontem vejo colegas deputados se pronunciando e dizendo que o inquérito da Polícia Federal tem que levar ao impeachment do governador (Wilson Lima). Se o governador vai sofrer o processo de impedimento ou não, vai caber a está casa definir. Não cabe ao relator, a presidente ou algum dos membros da comissão. Vai ser uma decisão coletiva”, enfatizou.

Na avaliação da vice-presidente da Aleam, estão misturando as coisas. Alessandra afirmou que o impeachment é um processo excepcional grave que tem cumprir rigorosamente o rito constitucional e os procedimentos legais.

“Vou dar um exemplo. O STF (Supremo Tribunal Federal) mandou desfazer todo o trabalho feito em relação à Comissão do Impeachment do Rio de Janeiro em relação ao governador Wilson Witzel porque não foi seguida a regra constitucional. Eu já expliquei aqui e quero dizer de novo para a população ficar atenta. Há pessoas que não querem caçar ou não caçar o governador, julgar ou não julgar o governador, eles querem fazer barulho até chegar a eleição municipal. Pessoas que apoiam grupos ou candidatos que não têm proposta alguma pra cidade de Manaus e precisam de um Cristo para ser crucificado no decorrer desse processo”, alfinetou.

A deputada foi mais além e nominou os deputados da oposição Dermilson Chagas e Wilker Barreto da oposição, ambos do Podemos. Ela ressaltou que Wilker faz parte da CPI da Saúde e, até o momento, não convocarem os secretários de Saúde de 2018, quando a lavanderia da empresa Norte Serviços Médicos ganhou do governo do Estado R$ 11 milhões à época.

“Tem que explicar porque que a lavanderia foi convocada (empresa Norte Serviços Médicos convocada pela CPI da Saúde) e ninguém do governo que mais pagou a tal lavanderia foi chamado. Até o final de 2018, na gestão de Amazonino Mendes essa lavanderia recebeu quase R$ 11 milhões”, cobrou.

Para a deputada, a CPI da Saúde tem sido seletiva ao não convocar secretários da pasta de gestões anteriores para explicar fatos que estão dentro da investigação da comissão.

‘Apurando fatos’

Num aparte, o presidente da CPI da Saúde, deputado delegado Péricles (PSL), respondeu que a comissão está “apurando fatos” e, assim que surgir o nome de pessoas, elas serão convocadas.

Carlinhos Bessa (PV), também da base governista, se manifestou em apoio a Alessandra e sugeriu que os demais deputados estudem o processo de impeachment. Ele adiantou que seu voto vai ser dentro da legalidade. “Dentro de quatro dias de estudos encontrei inúmeras irregularidades no processo”, disse.

‘Abismo de diferença’

Momentos depois das acusações de Alessandra Campêlo, o deputado Wilker Barreto usou a tribuna para rebater as colocações e críticas da colega.

“Apoiar um governador todo mundo apóia, eleger um governador é o povo, agora compactuar com corrupção tem um abismo de diferença. Eu não tenho na minha vida pública nada associado a conivência com corrupção. Quero falar aos meus pares que os debates vão ficar mais acalorados”, afirmou o parlamentar.

 

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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