janeiro 4, 2025 19:45

‘Pedido do Simeam é irregular e está sendo avaliado pela Procuradoria da Aleam’, diz Alessandra

A presidente da Comissão Especial do Impeachment, deputada Alessandra Campêlo (MDB), disse nesta quarta-feira, 29, ao Portal O Poder, que o pedido do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), solicitando o afastamento de seis deputados que compõem a comissão, citados na Operação Sangria da Polícia Federal, está sendo avaliado pela Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).

De acordo com o Simeam, estes seis deputados (Joana Darc, Roberto Cidade, Carlinhos Bessa, Therezinha Ruiz, Saullo Vianna e  Belarmino Lins) tiveram seus nomes vinculados à investigação da PF após ser encontrada uma lista no gabinete do governador Wilson Lima (PSC), com a descrição “5%” ao lado de seus nomes. Por isso, o sindicato pede que eles sejam afastados e que seja formada uma nova comissão.

A Comissão do Impeachment composta por 17 deputados investiga por crime de responsabilidade o governador Wilson Lima e o seu vice, Carlos Almeida Filho (PTB), após pedido impetrado pelo presidente do Simeam, o médico Mário Vianna.

Alessandra afirmou que numa análise prévia do departamento jurídico, o pedido do Simeam aponta uma série de irregularidades e não deve ser acatado.

“O pedido do Simeam foi enviado à procuradoria que está avaliando o parecer. Mas, numa análise minha e da assessoria, percebi algumas coisas. Primeiro que o pedido carece de técnica jurídica e redação é muito pobre, e mal escrito. Segundo faz acusações infundadas e sem provas. Terceiro, o Simeam nem é parte do processo, porque o não foi quem apresentou a acusação e, sim, uma pessoa que faz parte do Simeam e não o Simeam como sindicato”, explicou.

Alessandra afirmou que estes seis deputados citados pelo Sindicato dos Médicos vão entrar com uma ação na Justiça contra a entidade.

Deputados se manifestam

Os deputados que tiveram seus nomes vinculados à investigação da PF, citados pelo Simeam pelo suposto recebimento de  5% de propina, se manifestaram na manhã desta quarta-feira, 29, na sessão híbrida da Aleam. O primeiro a usar a tribuna foi Carlinhos Bessa (PV) que fez um histórico da sua vida e cobrou respeito.

“Não cheguei aqui embaixo de asas de governador, deputado federal ou estadual. Tenho uma história de vida limpa. Quero falar para o nobre colega advogado que assinou a peça representada pelo senhor presidente  do Sindicato dos Médicos, que ele procure estudar mais. Nós não somos juízes de direito, somos juízes políticos. Querer fazer dessa casa palanque político pra prefeito de Manaus, acabou a graça com o meu nome não. Eu tenho mãe, eu tenho filho, irmãos, acabou a graça o respeito é bom, Vamos entrar com uma representação contra esse cidadão”, alfinetou.

A líder do governo na Aleam, Joana Darc (PL), prometeu “vingança” e disse que sabe muita coisa que acontece nos bastidores da política e que a partir de agora não vai mais ficar calada.

“Quero esclarecer algumas coisas para a população. O que está acontecendo no momento político no Estado é uma grande briga no processo político pelo poder. Eu não vou permitir mexerem com a minha família e mancharem o meu nome com suposições. Quero dize que a cada ataque que eu receber vou devolver o triplo porque eu sei muita coisa. E as pessoas que estão tentando denegrir vidas na Assembleia fiquem de barbas de molho porque eu não tenho medo e sei muita coisa. Porque já estive convivendo do outro lado”, ameaçou.

A presidente da Comissão de Saúde da Aleam, Mayara Pinheiro (PP) também se manifestou.

“Agora está saindo da linha que é tolerável em algo que pode prejudicar esse parlamento. Primeiro quero dizer que não existe relação de casualidade entre esse material que vazou e foi apreendido pela Polícia Federal bloco de notas ao que me consta e o inquérito que o governo do Amazonas responde. Essa Casa precisa ser isenta e eu tenho pregado a minha isenção”, concluiu.

 

 

 

Augusto Costa para O Poder

Foto: Divulgação

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