O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) renovou o prazo do Inquérito Civil nº 06.2017.00001523-7 – 77ª PRODEPPP, por mais um ano, para dar continuidade à investigação de nepotismo e contratação de funcionários fantasmas no gabinete do ex-deputado estadual Platiny Soares.
O documento, assinado pelo promotor de Justiça Edgar Rocha, trata-se do inquérito instaurado para averiguar a eventual violação aos princípios constitucionais de legalidade, moralidade e impessoalidade, com prática de nepotismo pela mesa diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), ao nomear cinco servidores com parentesco até o terceiro grau no gabinete do deputado Platiny Soares, todos parentes do chefe de gabinete à época, Ruan Alves de Araújo, e que eventualmente não compareciam ao local de trabalho.
Conforme apurado pelo O Poder, o inquérito investiga ainda, a contratação de ao menos três pessoas que recebiam R$ 2,1 mil, mas, não compareciam ao trabalho, por residirem no Estado do Rio de Janeiro (RJ). Os contratos datam do dia 31 de janeiro de 2017.
Ao estender o prazo de investigação do inquérito, o promotor de Justiça requisitou das agências aéreas Latam, Gol e Azul cópias de eventuais registros de viagens dos parentes do chefe de gabinete de Platiny Soares.
Pagamento
Na época, o chefe de gabinete de Platiny recebia, além do salário de R$ 3 mil e mais o ticket de R$ 1,2 mil, uma gratificação que juntos somavam R$ 7 mil. Entre os parentes do chefe de gabinete nomeados estavam a mãe e o pai ele, além de outros três irmãos.
Funcionários de confiança
Na época Platiny Soares disse para uma reportagem local que tinha conhecimento de todos os contratados de seu gabinete, que eram funcionários de confiança e que contribuíam para o mandato na Assembleia.
Henderson Martins, para O Poder
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