A partir de janeiro de 2021, a Fundação Oswaldo Cruz deve disponibilizar as primeiras 15 milhões de doses da chamada Vacina de Oxford contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo diretor do instituto Biomanguinhos, Mauricio Zuma.
A declaração foi feita durante uma audiência da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações de combate ao coronavírus.
Ainda de acordo com Zuma, o cronograma definitivo para a chegada da vacina aos postos de saúde, porém, ainda está fechado. Além disso, ele explicou que a vacina é líquida e de aplicação intramuscular, auxiliando na logística, podendo ser conservada em temperaturas entre 2 e 8 graus celsius, assim como outras vacinas.
Doses
A primeiras 30 milhões de doses da vacina de Oxford virão do exterior e serão finalizadas pela Fundação Oswaldo Cruz. O acordo determina a produção nacional de outras 70 milhões de doses.
O representante da Fiocruz, Marco Krieger, que também esteve na audiência, reforçou que tanto a produção da vacina quanto a transferência de tecnologia dependem de recursos orçamentários.
O presidente Jair Bolsonaro já demonstrou sinais positivos para a edição de uma medida provisória prevendo R$ 2 bilhões com esse objetivo, anunciou o coordenador da comissão externa, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ).
Estratégia
De acordo com o secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo de Medeiros, a mesma estratégia aplicada na vacinação de imunização contra a influenza também será aplicada para a Covid-19.
Além disso, é previsto que o Ministério da Saúde realize a aquisição de seringas e agulhas junto à indústria nacional.
“Pelo comportamento da doença, a gente vem avaliando que os grupos prioritários no Brasil são os grupos com o intervalo etário, com a faixa etária mais avançada e que nesse grupo com a faixa etária mais avançada, o grupo que apresenta comorbidades”, acrescentou Medeiros.
Estados e municípios
Na avaliação do representante dos secretários municipais de saúde Willames Bezerra, o Brasil já está preparado para a realização da vacinação, pois anualmente, são aplicadas 200 milhões de doses.
Para o representante dos secretários estaduais Nereu Mansano, os estados já estão em fase de organização da logística e também a “rede de frio” composta pelos equipamentos de conservação das vacinas nas unidades de saúde.
Conteúdo: Agência Câmara de Notícias
Foto: Meyer & Meyer