janeiro 18, 2025 14:56

Desmatamento da Amazônia aponta crescimento de 34,5% em 12 meses, segundo Inpe

Mesmo registrando queda de 26,7% em julho em comparação com o mesmo mês no ano passado, o desmatamento na Floresta Amazônica apontou um crescimento de 34,5%  no acumulado em 12 meses, se for comparado com o mesmo período anterior.

Os dados preliminares são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desta sexta-feira,7.

No mês de julho, o sistema Deter, do Inpe, que alerta sobre avisos de desmatamento em tempo real na floresta, registrou 1.654 quilômetros quadrados de área devastada no mês passado, contra 2.255 quilômetros quadrados registrados em julho de 2019.

Em relação ao acumulado, entre agosto de 2019 e julho de 2020, no entanto, a área desmatada foi de 9.205 quilômetros quadrados, um aumento em relação aos 6.844 quilômetros quadrados registrados entre agosto de 2018 e julho de 2019.

O período entre agosto de um ano e julho do ano seguinte é considerado como o ano-calendário para a medição anual do desmatamento da Amazônia e também é o período usado pelo sistema Prodes, do Inpe, mais preciso que o Deter e adotado na aferição do desmatamento da floresta em 12 meses.

Conforme o levantamento em 12 meses do Deter, é mostrado que os números de Prodes, devem apresentar uma nova alta no desmatamento da Amazônia, em relação à pressão crescente de ambientalistas e também de investidores estrangeiros sobre a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro.

O Observatório do Clima se manifestou por meio de nota e informou que os dados do Deter mostram que o número do Prodes, a ser anunciado no final do ano, devem chegar a um desmatamento da ordem de 13 mil quilômetros quadrados.

Se for constatado, o número será o maior desmatamento desde 2006 e três vezes maior do que a meta da Política Nacional de Mudança do Clima para 2020.

“Será também a primeira vez na história que o desmatamento na Amazônia terá duas altas seguidas na casa dos 30%”, disse o Observatório em nota. “Isso não acontece por incompetência do governo no combate à devastação; acontece porque a agenda do governo Bolsonaro é promover ativamente a devastação. Não é inépcia, é projeto”, criticou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo: Reuters

Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT

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