Nesta sexta-feira, 7, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu que o Estado brasileiro deve cumprir seu papel de proteção e desenvolvimento da Amazônia, no entanto, alertou para muito “desencontro” de informações sobre o desmatamento na região, já que os sistemas de monitoramento usados para as decisões do governo, “não são os melhores” e “se ressentem de uma melhor qualidade”.“Os satélites que nós temos são ótimos, que não enxergam durante o período das chuvas e de nuvens. Precisamos avançar para ter uma tecnologia radar, termos aeronaves não tripuladas de melhor nível e que possam manter um acompanhamento da situação da cobertura vegetal com melhor qualidade do que só pura e simplesmente a imagem satelital”, explicou o presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal.
A declaração do vice-presidente foi feita durante o encontro virtual promovido pela FSB Comunicação. O evento também contou com a participação do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, também relator do Código Florestal.
Além disso, em entrevistas recentes, Mourão chegou a reforçar sobre as queimadas na Amazônia e o desflorestamento, que desde 2012 crescem gradualmente e no ano anterior, atingiu um pico, resultando em críticas e pressões internacionais.
Desmatamento
No período de agosto de 2018 a julho de 2019, o desmatamento da Amazônia Legal foi estimado em 9.762 quilômetros quadrados (km²), um aumento de quase 30% em relação ao período anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No caso das queimadas, Mourão espera uma redução. O objetivo do governo é que os incêndios fiquem abaixo da média histórica, em torno de 3 mil a 4 mil focos de calor por mês.
Segundo o vice-presidente, as Forças Armadas vão prosseguir com a Operação Verde Brasil, para coibir queimadas criminosas.
Conteúdo: Agência Brasil
Foto: Romério Cunha/VPR