novembro 22, 2024 01:56

Presidente da comissão que gerencia HPS Delphina Aziz é ouvida na CPI da Saúde

A presidente da comissão de acompanhamento da Organização Social de Saúde (OSS), no Hospital Delphina Aziz, Ana Paula Lemes de Jesus dos Santos, prestou depoimento sobre a sua gestão nesta quarta-feira, 26, na CPI da Saúde onde esclareceu que a entidade receberia o valor cheio contratado nos primeiros três meses de implantação de suas atividades no hospital, enquanto os serviços prestados seriam avaliados podendo haver dedução nos valores a serem pagos posteriormente, casos a comissão detectasse problemas nos serviços prestados.

Apesar de ser considerada uma empresa sem fins lucrativos, de acordo com o deputado Wilker Barreto (Podemos), a OSS que até hoje está instalada no Delphina Aziz já recebeu do governo do Estado, entre 2019 e 2020, mais de R$ 150 milhões. Ana Paula ainda  confirmou que o custo mensal do pronto-socorro era de R$ 11 milhões mensais, mas o hospital só tinha 30% a 40% de sua capacidade funcionando.

Ao ser questionada durante o depoimento pelo presidente da CPI da Saúde, deputado delegado Péricles (PSL), sobre qual era a sua função à frente da comissão da Susam, Ana Paula explicou que atuava como diretora do HPS Delphina Aziz antes de entrar a OSS. “Como eu já estava atuando lá foi decidido que eu ficaria em tempo integral para representar a Susam lá dentro. Fazia o acompanhamento de cada serviço tanto no Delphhina como na UPA (Campos Salles). A gente visitava, fazia pesquisa de satisfação com os pacientes. A proposta era fazer um acompanhamento próximo. Fiquei até 30 de setembro de 2019”, esclareceu.

A depoente ainda afirmou que a previsão era de que o serviço prestado pela OSS deveria reduzir custos entre 20% a 25% para a Susam. A OSS reduziu valores pagos a profissionais e recebeu, nos três primeiros meses o valor de R$ 2,53 milhões, cerca de 10% do total do contrato.

O presidente do colegiado, deputado Péricles falou logo depois da oitiva que a comissão está investigando os contratos que existem com o Hospital Delphina Aziz.

“Hoje estamos chamando os membros de uma comissão de acompanhamento da fiscalização do contrato da prestação de serviços e percebemos que só houve um relatório apresentado e que nesse relatório se indicava que deveria ter sido devolvido pela OSS 50% do que ela havia recebido que era em torno de R$ 2 milhões e isso até hoje não houve a devolução e nem a compensação. E a partir dai não aconteceu mais nem um tipo de fiscalização e controle”, concluiu.

 

 

 

 

Augusto Costa, para O Poder

Foto: Divulgação

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