O Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1) trancou mais uma ação penal contra o ex-presidente Lula. Nesse caso, ele era acusado de receber propina da Odebrecht através da contratação de palestras e por meio da contratação do sobrinho Taiguara, em troca de favorecer a empreiteira no BNDES no financiamento de obras em Angola.
O ex-presidente era acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico internacional de influência. A denúncia ainda citava quatro atos de lavagem pelo recebimento de 699 mil reais; 17 atos de lavagem pelo recebimento de 255 mil dólares; dois atos de lavagem pelo recebimento de 100 mil dólares e quatro atos de lavagem pelo recebimento de 6,5 milhões de reais.
O TRF1 concedeu habeas corpus impetrado por Lula e trancou a ação por inépcia da denúncia. De acordo com a decisão, o Ministério Público não apresentou provas das acusações que fez contra o ex-presidente e não soube especificar as condutas criminosas que ele teria praticado.
Ainda segundo o MPF, as palestras não chegaram a ser feitas por Lula e o pagamento por elas, na verdade, foi repasse de propina para favorecimento da Odebrecht no BNDES.
O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, informou por meio de nota, a comprovação das palestras.
“Sempre que foi julgado por um órgão imparcial e independente — fora da Lava Jato de Curitiba — Lula foi absolvido ou a acusação foi sumariamente rejeitada, na linha da defesa que apresentamos em favor do ex-presidente”, declarou.
Conteúdo: O Antagonista
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil