Durante mais de 2 horas, o diretor de desenvolvimento do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) organização que gerencia o Hospital Delphina Aziz, Cristiano Oliveira dos Santos, prestou depoimento nesta quarta-feira, 9, na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
Cristiano foi questionado pelos membros da comissão sobre o contrato que definiu o início dos trabalhos no hospital em quatro fases, mas que ficou estagnado na primeira etapa que determinava o funcionamento de apenas 30% das suas atividades.
Segundo o diretor, durante o seu depoimento essa definição não fazia parte do edital de chamamento público e que teria partido do secretário de Saúde da época, o vice-governador Carlos Almeida Filho (sem partido).
“O instituto veio preparado para assumir desde o primeiro dia 100%. E a gente foi surpreendido em relação a essas fases, nessa reunião pelas pessoas que representavam a Susam (Secretaria de Estado de Saúde), o senhor Carlos (vice-governador Carlos Almeida), a senhora Vanessa e que a gente faria isso modulado e que deveria sentar com o grupo técnico para ser alinhado como aconteceria essas coisas”, contou.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), deputado delegado Péricles (PSL), afirmou que o contrato de gestão foi mal elaborado e sem planejamento com falhas que foram aumentando num contrato de gestão totalmente desconfigurado.
“A função do Estado é o controle e a fiscalização e a obrigação da OS é apresentar tudo de recurso público destinado a ela do que está sendo realizado já que não há fins lucrativos tem que ser claro o que está sendo executado na prestação dos serviços públicos que é o que não vem acontecendo”, enfatizou.
Titular da CPI, Wilker Barreto (Podemos) acrescentou que o contrato firmado entre o Executivo e a OS para administração configura um grave dano ao erário, já que foram pagos R$ 16 milhões.
“Ou a OS devolve metade do dinheiro pago pelo povo, ou o Estado paga pela omissão e negligência que causou mortes dos nossos irmãos”, afirmou.
O Portal O Poder entrou em contato via e-mail com a assessoria da SES (Secretaria de Estado de Saúde) para repercutir essas informações, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
Augusto Costa, para O Poder
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