Nesta quarta-feira, 16, Yoshihide Suga, de 71 anos, foi formalmente eleito primeiro-ministro do Japão pelo Parlamento do país e nomeou um gabinete que mantém cerca da metade dos rostos familiares que atuaram sob a liderança de seu antecessor, Shinzo Abe.
Suga garantiu que vai seguir diversos programas do antecessor, incluindo sua estratégia econômica “Abenomics”, e permanecer com reformas estruturais, incluindo a desregulação e a redução de barreiras burocráticas.
Vale ressaltar que Abe, o premiê japonês que permaneceu por mais tempo no cargo na história, renunciou por causa de problemas de saúde após quase oito anos no poder. Suga atuou em seu governo como secretário chefe de gabinete, sendo o principal porta-voz do governo e coordenando suas políticas.
Cargos
Suga possui cerca de metade dos membros do gabinete que também atuaram no governo de Abe. Há somente duas mulheres e a média de idade, incluindo Suga, é de 60 anos.
Entre os que permanecem estão ocupantes de postos-chaves como o ministro das Finanças, Taro Aso, e o titular das Relações Exteriores, Toshimitsu Motegi, assim como a ministra da Olimpíada de Tóquio, Seiko Hashimoto, e o ministro do Meio Ambiente, Shinjiro Koizumi, o mais jovem do governo com 39 anos.
O irmão mais novo de Abe, Nobuo Kishi, ficou com a pasta da Defesa, enquanto o ex-ministro da Defesa Taro Kono assumirá o ministério da Reforma Administrativa, cargo que já ocupou.
Yasutoshi Nishimura, principal nome de Abe na resposta à Covid-19, continuará como ministro da Economia, enquanto o titular da Indústria e Comércio, Hiroshi Kajiyama, filho de um político que foi mentor de Suga, também manterá o cargo.
Katsonobu Kato, que está deixando o comando do Ministério da Saúde, assumirá o desafiador cargo de secretário chefe de gabinete de Suga. Coube a ele anunciar os nomes do novo gabinete.
Conteúdo: Reuters
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