Nesta terça-feira, 29, o número global de mortes em decorrência da covid-19 ultrapassou 1 milhão, conforme contagem da Reuters, uma estatística assombrosa de uma pandemia que devastou a economia global, sobrecarregou os sistemas de saúde e mudou a maneira como as pessoas vivem.
Esse número chega a ser o dobro da quantidade de pessoas que morrem anualmente de malária, e o índice de mortalidade aumentou nas últimas semanas devido ao aumento das infecções em vários países.
“Nosso mundo alcançou um marco angustiante”, disse o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, em um comunicado.
“É uma cifra atordoante. Mesmo assim, nunca podemos perder de vista toda e qualquer vida individual. Eles eram pais e mães, esposas e maridos, irmãos e irmãs, amigos e colegas”, acrescentou.
De acordo com os cálculos da Reuters, baseados nas médias de setembro, sobrecarregando serviços funerários e cemitérios, mais de 5.400 pessoas estão morrendo em todo o mundo a cada 24 horas.
Isto equivale a cerca de 226 pessoas por hora, ou uma pessoa a cada 16 segundos. Durante os 90 minutos de uma partida de futebol, em média 340 pessoas morrem.
“Muitas pessoas perderam muitas pessoas e não tiveram a chance de se despedir. Muitas pessoas que morreram, morreram sozinhas… é uma morte terrivelmente difícil e solitária”, disse a porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Harris, em uma entrevista coletiva da ONU em Genebra.
Estados Unidos, Brasil e Índia, que juntos respondem por quase 45% de todas as mortes globais de Covid-19, suspenderam medidas de distanciamento social nas últimas semanas.
Conteúdo: Reuters
Foto: Reuters