Manobras de obstrução, pedidos de ordem, elogios e bate-bocas. Seria mais uma votação comum na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) não fosse um detalhe: parlamentares de direita e esquerda se uniram para tentar barrar o projeto do governador João Doria (PSDB) que extingue, de uma única vez, dez empresas públicas, hospital, fundações e institutos de pesquisas.
O debate, iniciado na última segunda,28, foi adiado por mais uma noite de ontem em uma derrota da base governista, que queria acabar o processo de discussão naquela noite e votar a proposta o quanto antes.
Parceiros improváveis, PT, PSOL, PSL, Novo e Patriotas comemoraram o adiamento como vitória.
A bancada à esquerda focou os argumentos de rejeição nos cortes em universidades e possíveis malefícios da proposta à população mais carente.
Os partidos mais à direita, falavam que Doria é o responsável pelo rombo da economia no estado em meio à pandemia de covid-19 e rejeitavam o aumento de impostos. Os defensores, por sua vez, alegavam que, sem o ajuste, o estado quebraria.
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