Depois de passar mais de 1 hora em reunião a porta fechada na sala da presidência com deputados estaduais, nesta quinta-feira, 1º de outubro, para tratar da falta de quórum nas sessões ordinárias, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) Josué Neto (PRTB), fez mistério e não relevou todo o teor da conversar tratada com seus pares.
O que chama a atenção é que nas últimas duas semanas, as sessões têm sido encerradas sem o quórum mínimo, que é de 13 deputados, mas na reunião secreta desta manhã conseguiu reunir a presença de 14 parlamentares, segundo disse Josué.
“Essa reunião foi convocada ontem ainda pela manhã logo no inicio do dia pra que a gente pudesse tratar alguns temas administrativos internos da casa. Não houve falta de quórum, pelo contrário, tivemos deputados acima da média que participaram da reunião”, afirmou, feliz.
Participaram da reunião os deputados: Serafim Corrêa (PSB), Carlinhos Bessa (PV), Sinésio Campos (PT), Therezinha Ruiz (PSDB), Mayara Pinheiro (PP), Adjuto Afonso (PDT), Roberto Cidade (PV), Wilker Barreto (Podemos), Alessandra Campelo (MDB), Saullo Vianna (PTB), Álvaro Campelo (PP), Augusto Ferraz (DEM) e João Luiz (Republicanos), além de Josué Neto.
Dois meses
Depois de dois meses afastado dos trabalhos legislativos por causa do acidente sofrido de Jet Ski e por ter contraído a Covid-19, Josué Neto (PRTB) voltou a usar a tribuna da casa nesta quinta-feira, durante o grande expediente da sessão híbrida da Aleam.
“Quero registrar a minha alegria senhores deputados de poder voltar ao convívio de todos depois desse tempo extremamente obrigado a ficar em casa para recuperar a saúde estou voltando com uma grande vontade de pudermos alcançar o sucesso”, disse.
Josué anunciou aos deputados que os trabalhos legislativos na Aleam devem acontecer até o dia 15 de dezembro e encerrar o exercício de 2020 e que os parlamentares têm pela frente dois meses e meio de trabalho.
Medicamentos básicos para Covid-19
Ainda em seu discurso, ele sugeriu ao governo do Estado e à Prefeitura de Manaus que atendam a população com os remédios básicos para combate do coronavírus para evitar o agravamento da doença. A sugestão ganhou o apoio de vários deputados.
Josué ainda afirmou que o Amazonas não tem condições de atender toda a população nesse momento e que não teve no auge da pandemia e nem agora em que os índices estão aumentando pois, não existem hospitais suficientes, leitos, UTIs, e respiradores.
“O Covid-19 tem os dez principais sintomas. Está com dor de garganta, indisposto, com mucosa (catarro), procura o médico. Fazer uma campanha e a Prefeitura de Manaus e o governo do Estado assumir isso e passar a informação para os médicos clínicos. O médico que vai ouvir o pulmão e verificando os sintomas entra na medicação e o custo disso é comprar remédios”, sugeriu.
O presidente da Aleam cobrou a compra de antibióticos, anticoagulantes, xaropes e as vitaminais entre outros medicamentos evitando a pessoa chegar a terceira fase da doença que é o entubamento.
“O poder público precisa fazer esse investimento mínimo que o protocolo desses itens que falei. Isso tudo a ciência sabe a secretaria de Saúde e a Fiocruz”, disse.
Os debutados Carlinhos Bessa (PV), Alessandra Campêlo (MDB) e Saullo Vianna (PTB) também apoiaram as medidas sugeridas pelo presidente na prevenção da Covid-19.
Saullo, num aparte, afirmou que no início da pandemia a orientação era para que as pessoas ficassem em casa.
“Inclusive a orientação médica hoje em dia é para que nos primeiros sintomas as pessoas procurem o médico. Porque antigamente, a orientação era que as pessoas só procurassem atendimento médico e a unidade de saúde quando tivesse febre acima de 38 graus e falta de ar. Só que hoje a gente já sabe que esses sintomas é de um quadro agravado”, concluiu.
Augusto Costa, para O Poder
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