Com um discurso voltado à classe trabalhadora sem esquecer das críticas de gestões atuais, o candidato pelo PSTU a prefeito de Manaus, Gilberto Vasconcelos, foi o terceiro entrevistado pela rádio Rio Mar na manhã desta sexta-feira, 9.
Em resumo, o candidato abordou algumas das propostas em função da classe em diversas áreas principalmente no fornecimento de empregos e administração conjunta da cidade. No entanto, Vasconcelos priorizou inicialmente, a organização nos órgãos de controle para a melhoria da capital amazonense.
Em relação à cláusula de barreira, que possibilita ao partido ficar de fora da propaganda eleitoral gratuita na rádio e na televisão em decorrência da falta de representatividade de, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional, Gilberto afirma que essa medida impossibilita a população de conhecer mais sobre o candidato e o que ele tem para oferecer.
“A cláusula trabalhadora é um dos elementos desse processo de falta de democracia, que na verdade, só vai ouvir discursos dos mesmos políticos”, diz o candidato que informa o poder econômico por trás disso.
Ainda de acordo com Vasconcelos, o processo eleitoral propõe uma ilusão para o eleitor votar em candidatos cujos partidos governam há anos, sem que sejam resolvidos os problemas essenciais da população.
“A legislação vai colocar o candidato sob o regimento da própria casa que ele faz parte, que o auto protege, então a gente vê no Congresso Nacional um bando de políticos picaretas, bandidos, condenados que estão ali legislando, fazendo lei contra a classe trabalhadora e um protegendo o outro”, reforça o candidato
Estrutura conjunta
Ao ser questionado sobre como será a sua administração caso seja eleito, Gilberto firma o compromisso com a “mobilização da classe trabalhadora”, tendo como base um projeto revolucionário iniciado na Rússia. “Nós temos o projeto de governar, por meio dos projetos populares’’, diz.
“Nós queremos implementar por que foi o mais eficiente até hoje, nenhum outro se mostrou tão eficiente quanto aquele que a própria classe, organizada, ela é capaz de identificar os problemas e de propor soluções e resolver”, destaca o candidato que diz que será apenas o representante das classes populares.
Ainda de acordo com Vasconcelos, o foco de sua gestão não será apenas a Câmara de Manaus, mas também incluir os bairros, fábricas, empresas, escolas, hospitais e entre outros setores, sem abrir mão da organização da estrutura dessas classes.
Prioridade
Em seu primeiro ato, Gilberto propõe um plano de obras públicas para a geração de emprego para, segundo ele, iniciar a solução dos problemas, dentre os quais esgoto, infraestrutura, construção de tratamento de água na cidade de Manaus.
“Precisamos de um plano de obras públicas que vai responder aos problemas das escolas, infraestrutura da cidade, geração de emprego. Esse é o nosso objetivo, nosso plano emergencial, agora isso só é enfrentado quando a organização que já está pronta, inclusive se necessário mudar a lei orçamentária do município, nada é definitivo”, pontua.
Recuo
Sobre as propostas do partido que incluem o passe livre aos desempregados no transporte público, isenção de IPTU em todas as taxas municipais, isenção total de imposto aos pequenos negócios, a garantia do fornecimento de luz e água as famílias desempregadas, Gilberto cita que isso não será possível.
“Nada do que eu tô falando vai ser possível, primeiro com o governo Bolsonaro. O governo Bolsonaro é inimigo da classe trabalhadora”, informa sugerindo a retirada do presidente e o enfrentamento conjunto dos problemas do país.
Ana Flávia Oliveira, para O Poder
Foto: Reprodução/ Rio Mar