Os chilenos lotaram as principais praças do país na noite de domingo depois que os eleitores deram amplo apoio ao plano de descartar a atual Constituição do país, que vem da era do ditador Augusto Pinochet, em favor de uma nova Carta que será escrita pelos cidadãos.
Na Plaza Italia, em Santiago, foco de gigantescos e muitas vezes violentos protestos no ano passado que tinham como reivindicação uma nova Carta Magna, fogos de artifício foram lançados em meio a uma multidão de dezenas de milhares de pessoas gritando em uníssono a palavra “renascimento”.
Com mais de três quartos dos votos apurados, 78,12% dos eleitores optaram por uma nova Constituição.
Muitos manifestaram esperanças de que um novo texto vai moderar um viés amplamente capitalista com garantias de mais direitos iguais na saúde, aposentadorias e educação.
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que se o país estava dividido por causa dos protestos e dos debates sobre aprovar ou rejeitar os planos para uma nova Constituição, de agora em diante deve se unir por trás de um novo texto que forneça “um abrigo para todos”.
Quatro quintos dos eleitores disseram que querem que a nova Carta seja elaborada por um órgão de cidadãos especialmente eleito formado por metade de homens e metade de mulheres em vez de uma convenção mista de parlamentares e cidadãos, o que enfatizou a ampla descrença dos chilenos na classe política.
Os chilenos terão então de votar novamente sobre se aceitam o novo texto ou querem retomar a Constituição anterior.
Conteúdo e foto: Reuters