janeiro 24, 2025 04:49

Confusão, agressão e tumulto marcam pronunciamento de vice-governador sobre a ‘Sangria’

O pronunciamento do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (sem partido), nesta quarta-feira, 28, sobre acusações no inquérito da Polícia Federal (PF), que investiga a suspeita de compra superfaturada de respiradores pulmonares na Secretaria de Estado de Saúde (SES), antiga Susam, terminou em tumulto, suspeita de agressão e muita confusão.

No evento, Almeida apenas se defendeu de algumas das acusações apontadas no inquérito da PF. “Essa é a primeira vez que me manifesto após minha saída da Casa Civil, e o momento agora, é não apenas necessário, como oportuno”, disse.

Após o pronunciamento, o vice-governador saiu sem comentar nada com a imprensa, impedindo que houvessem perguntas. Foi nesse momento que uma pessoa, ainda não identificada nas filmagens, impediu a saída dos jornalistas e suas respectivas equipes dos veículos de comunicação que estavam presentes à coletiva, provocando o tumulto.

Há relatos, ainda, que os elevadores do edifício foram travados, impedido a saída dos jornalistas do local.

O vice-governador disse que não se manifestará sobre os pontos que a Justiça reserva como caráter sigiloso. “Mas, não posso deixar de comentar sobre os pontos que se tornaram público pela imprensa, ou pela opinião pública, e regra distorcido, ou injusto comigo”, disse.

Carlos Almeida informou que só pôde se manifestar agora, devido à dificuldade de ter acesso as informações contidas no processo. “Em síntese, são dois pontos importantes que demandam minha manifestação. Um tem a ver com minha relação com a Secretaria de Saúde, o outro tem relação com a utilização do escritório de advocacia”, disse o vice-governador.

Ele comentou que exerceu a função de secretário de Saúde no período de janeiro março de 2019. “De abril de 2019 a maio de 2020, fui secretário da Casa Civil, exercendo a articulação administrativa dela exigida com parlamentares, prefeitos e instituições públicas, como, também, exerci a função de secretário de Governo inerente aquela pasta, a exigir a interlocução com as demais secretarias executivas”, disse.

O vice-governador ressaltou que o exercício dessa atividade exigia o contato permanente com todos das secretarias do Estado. “Mas, nem por isso, houve qualquer intromissão em cada pasta, pois, jamais cometi qualquer tipo de ingerência. Meu trabalho, consistia em fazer com que as estruturas do estado pudessem conversar entre si e produzir os resultados esperados pela população”, explicou.

Ele afirmou que todos seus atos foram legítimos. “Em nenhum momento determinei a qualquer pessoa, servidor público ou não, que atuasse visando o direcionamento ou a compra para saúde. Em nenhum momento determinei compra direcionadas a fornecedores específicos. Em nenhum momento determinei as compras de respiradores da empresa Sonoar”, ressaltou.

O vice-governador explicou, ainda, que não houve qualquer reunião ilícita no escritório jurídico onde houve buscas e apreensões da Polícia Federal, durante a segunda fase da Operação Sangria.

Desde o dia 18 de maio, Carlos Almeida, afirmou que não usa as dependências do Palácio do Governo. “Pedi para usar o escritório jurídico do professor Renan Tamai para tratar das pautas de moradia que sempre me dediquei. Para lá me desloquei em veículos públicos, sempre com toda transparência”, disse Carlos Almeida.

 

 

Henderson Martins, para O Poder

Foto: Reprodução

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