O ex-presidente boliviano Evo Morales anunciou que “possivelmente retorne à Bolívia em 9 de novembro”, um dia depois da posse do presidente eleito, Luis Arce, e dois dias antes de completar um ano desde que partiu do país.
Na Bolívia, um roteiro épico para a volta triunfal de Morales é preparado por seus aliados.
A revelação de Evo Morales aconteceu na noite de ontem durante um programa partidário da ala kirchnerista “Frente de Todos”, integrante da coligação do governo argentino, em homenagem aos 10 anos da morte do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), de quem Morales era aliado.
O retorno à Bolívia aconteceria um dia depois da posse do eleito Luis Arce, candidato vitorioso de Evo Morales nas eleições de 18 de outubro. Seria também na véspera de completar um ano daquele 10 de novembro de 2019, quando o então presidente renunciou ao cargo, após 14 anos de governo.
Morales deixou o poder pressionado por uma convulsão social, motivada por denúncias de fraude eleitoral, quando tentava um quarto mandato consecutivo, mesmo depois de um plebiscito negar-lhe essa possibilidade.
“O povo boliviano não abandonou a revolução democrática popular, mas também não me abandonou”, apontou Morales, numa indicação de que a vitória do seu candidato foi um voto nele.
Conteúdo: RFI
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