O vereador Gilmar Nascimento (DEM) denunciou o grupo hospitalar Hapvida de negligência com pacientes doentes com a Covid-19. De acordo com relatos que lhe foram feitos, ao receber o diagnóstico da infecção pelo vírus, pacientes internados o hospital particular, beneficiários de plano de saúde, são informados que, como não possuem carência, não podem continuar o tratamento na unidade hospitalar.
“O hospital da Hapvida condiciona a família: ou vocês levam para um hospital público ou vocês tem que pagar R$ 10 mil para que possa internar o paciente”, relata o parlamentar.
“Ontem a hapvida cometeu um crime”, disse Nascimento ao citar o trecho do art. 135-A ao Decreto-Lei nº 2.848, “Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial, pena: detenção de três meses a um ano e multa.”, leu o vereador.
“Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte.”, acrescentou o parlamentar que ainda citou, sem citar nomes, que outros hospitais e clínicas da cidade aplicam esses golpes.
Ainda de acordo com Gilmar, ele pretende encaminhar o caso para o Ministério Público para que o órgão cobre da empresa Hapvida as devidas providências.
Acrescentando o discurso do colega, o vereador Hiram Nicolau (PSD) afirmou que meses atrás relatou algo semelhante em uma denúncia, ainda durante a atuação do Hospital de Campanha, onde pacientes da Hapvida eram transferidos para hospitais públicos.
“Essa rede hospitalar, que infelizmente não tem leitos suficientes para atender a população, não tem leitos suficientes para atender a quantidade de vidas que ela opera em Manaus. Estão recebendo e passam a sua demanda, seu trabalho para o poder público”, relembra o vereador sobre seu discurso à época, que ainda se disponibilizou a contribuir com documentos que comprovam seu pronunciamento para o colega.
A reportagem entrou com contato com a assessoria do Hospital Hapvida para repercutir as denúncias feitas pelos parlamentares e quais procedimentos devem ser feitos daqui em diante sobre essas informações, porém não obteve retorno até à publicação desta matéria.
Da Redação O Poder
Foto: Mário Oliveira/Semcom