Com mais de 600 mil visualizações nas redes sociais, o “horário eleitoral gratuito” promovido pelo presidente Jair Bolsonaro nas suas “lives” semanais pode custar caro a seus aliados.
Na avaliação de especialistas consultados pelo Estadão, a propaganda presidencial utilizando seus canais oficiais e a estrutura do governo infringe a legislação e pode resultar na cassação dos que foram beneficiados.
Na quinta-feira, 5, à noite, Bolsonaro pediu voto a sete candidatos a prefeito, dez a vereador e uma aliada que concorre ao Senado, ao longo de 22 minutos da transmissão que realizou, ao vivo do Palácio da Alvorada.
Entre os promovidos, Celso Russomanno e Marcelo Crivella, que concorrem às prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, e o filho Carlos Bolsonaro, que tenta a reeleição na Câmara Municipal do Rio.
O próprio Bolsonaro foi quem chamou a live presidencial de “horário eleitoral gratuito”.
O termo remete à forma oficial de divulgação de candidatos na TV e no rádio, em que cada um tem um tempo determinado de acordo com o tamanho do seu partido e sua coligação.
Conteúdo: Estadão
Foto: Reprodução Live