A Alemanha poderá continuar sujeita a restrições relacionadas com a pandemia do coronavírus por pelo menos mais quatro a cinco meses – disse o ministro da Economia, Peter Altmaier, neste domingo, 15, duas semanas depois de o governo impor um confinamento parcial.
“Os números de infecções continuam sendo muito altos, muito mais altos do que há 15 dias”, disse Altmaier ao jornal “Bild an Sonntag”.
O governo planeja se reunir nesta segunda-feira, 16, para estudar a evolução das restrições.
A Alemanha entrou em confinamento parcial no início de novembro, fechando bares, restaurantes, academias e outros locais de entretenimento, embora lojas e escolas continuem abertas.
O número de novas infecções diárias vem caindo desde então, mas continua alto, com um recorde de mais de 23.000 novos casos registrados na sexta-feira.
“Teremos de conviver com precauções consideráveis e restrições durante pelo menos os próximos quatro, ou cinco, meses”, disse Altmaier.
“Muita gente está esperando, e é compreensível, que [as restrições] sejam suavizadas, que restaurantes, ou cinemas, reabram. Mas, em vista dos índices de infecção, ainda muito altos, temos pouca margem de manobra”, explicou.
Por enquanto, as restrições aprovadas pelo governo de Angela Merkel e pelos líderes dos 16 estados federais estarão em vigor até o final do mês.
Na reunião de amanhã, as autoridades vão decidir se prorrogam o prazo, ou se adotam medidas mais duras.
A Alemanha registrou 790.503 casos de coronavírus e 12.485 mortes, de acordo com o Instituto Robert Koch, a agência de vigilância sanitária.
Conteúdo: Agência France Presse
Foto: REUTERS/Washington Alves