Parlamentares do Peru e o principal tribunal do país se preparavam para debater nesta segunda-feira,16, quem deveria assumir a Presidência do país, depois que o Congresso foi incapaz de indicar, durante a madrugada, um candidato para se tornar o terceiro líder no espaço de uma semana marcada por protestos com mortos.
O presidente interino, Manuel Merino, renunciou no domingo,15. Na semana passada, o impeachment do presidente centrista Martín Vizcarra desencadeou protestos e mergulhou o Peru em uma crise constitucional.
O turbilhão político aumenta a incerteza enfrentada pelo segundo maior produtor de cobre do mundo, já abalado pela covid-19 e rumando para sua pior retração econômica em um século.
Fragmentado e impopular, o Congresso peruano votaria nesta tarde, depois de uma primeira votação fracassada à meia-noite, para abonar o único nome apresentado na ocasião, Rocío Silva-Santisteban, uma defensora de direitos humanos de esquerda.
A crise recente começou quando Vizcarra, um político popular independente que se chocava há tempos com o Congresso devido à sua postura anticorrupção, foi retirado do cargo pela legislatura na semana passada devido a alegações de corrupção que ele nega.
Foi o segundo processo de impeachment enfrentado por Vizcarra em dois meses, após ele sobreviver ao primeiro em setembro.
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