A participação feminina em cargos nos poderes Executivo e Legislativo do Amazonas ainda é mínima e, não avançou nesta eleição municipal. Os números são bem abaixo, quando comparados com a presença masculina nestes mesmos poderes.
Ao todo, são 133 mulheres assumindo cargos em 2021, dentre elas 5 prefeitas no interior do Estado – é o mesmo número da eleição de 2016 – e 128 vereadoras. Só no Legislativo elas representam 17,34% dos vereadores.
Capital
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) terá apenas 4 mulheres a partir de 2021, uma a mais em relação a esta legislatura que está finalizando no próximo mês, de um universo de 41 vereadores.
As vereadores eleitas e reeleitas são: Thaysa Lippy (PP) e Yomara Lins (PRTB), que estreiam no Legislativo ao lado das veteranas Glória Carratte (PL) e a Professora Jacqueline (Podemos).
Jacqueline se destacou como a candidata a vereadora mais bem votada do pleito e segunda entre os reeleitos com o melhor desempenho nas urnas. Com 9.208 votos, o único vereador reeleito a ter mais votos que Jacqueline foi o presidente atual da casa, Joelson Silva(Patriota). Jacqueline, que vinha ganhando destaque em sua atuação, ganhou título de vereadora mais ativa do 1º semestre de 2020.
Ainda assim a presença feminina ainda tem muito o que crescer. Em 2021, elas serão 9,75% dos 41 vereadores do Poder Legislativo da capital, número abaixo dos 51,7% de manauara mulheres na população, e pelo três vezes menor que os 30% desejado pelo Justiça Eleitoral após a instituição de cotas para participação feminina nas candidaturas do país.
Prefeitas
O Executivo amazonense ainda continuará com o mesmo quantitativo de 5 prefeitas para 62 municípios. Todas as prefeitas se candidataram a reeleição, mas Eliana Amorim (PMDB) em Pauini e, Oneide (PMDB), em Japurá, não tiveram sucesso e, não se reelegeram.
História diferente para Denise Lima (PP) que se reelegeu pelo em Itapiranga, assim como Maria Oliveira (PSDB), em Ipixuna e, Dona Maria, do MDB, em Beruri. O partido de Eduardo Braga conseguiu mais uma mulher no cargo: Patricia Lopes em Presidente Figueiredo. E completa o time de prefeitas: Marina Padolfo (PSD) que assume o cargo em Nhamundá.
Também chamou atenção a porcentagem de vitória das prefeitas. Apenas duas delas tiveram mais de 50% dos votos válidos, sendo Maria Oliveira a mais bem aceita, com 60,89%. A menos votada foi Patrícia Lopes, que venceu com 27,97% e apenas 552 votos a mais que o segundo colocado, Ricelli Pontes (PSC).
Interior
Das 697 vagas disponíveis para as câmaras municipais no interior, 124 foram assumidas por mulheres. Apenas 9 municípios têm mais de 30% de mulheres. A maior participação feminina ficou para Beruri, Ipixuna e Lábrea, com 5 vereadoras, o que representa respectivamente: 55%, 45% e 38%.
Por outro lado, oito municípios não têm mulheres nas Câmaras e, em 13, tem apenas uma representante do sexo feminino.
As posses das eleitas, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo, acontece dia 1º de janeiro de 2021 em todos os municípios.
Sharon Marques, para O Poder
Foto: Arquivo/CMM